terça-feira, 26 de julho de 2016

"A Roger o que é de Roger..."


 
 
Tivesse Roger resolvido aquele probleminha crônico da bola aérea, certamente o time já estaria pelo menos uns seis pontos na frente do 2º colocado neste campeonato brasileiro. Isso, mesmo jogando um suposto "futebolzinho" de toque-toque, de lá pra cá, que para alguns xaropes, é apenas um futebol improdutivo e chato. Sim, por justiça é melhor começarmos pelo principal defeito da equipe montada pelo Roger, afinal temos realmente um defeito contundente e já detectado de bola aérea. Vamos assumir que não é fácil ver o time fazer boas partidas e mesmo assim amargar derrotas idiotas quase sempre consumadas por bolas totalmente despretensiosas, mas que quando alçadas, quase que por teimosia, costuma achar seu destino, a praga do gol. Mas começo pelo defeito, porque são tantas as virtudes do time de Roger, que precisaríamos realmente enumerá-las, mas tá valendo, principalmente para aquele torcedor mais cri-cri; chato e corneteiro; aquele que consegue enxergar somente as coisas negativas do time e também claro, para aquele torcedor já calejado, que de tanto esperar o tal título, cansara de "realmente querer avaliar e discernir", vejo poucos destes reais honestos.

Outro dia, terminado aquele "vexame" de Sport 4 x 2 Grêmio, o jornalista Juca Kfouri fraseou uma coisa intrigante. Dizia ele: "Dá gosto ver o Grêmio. Até quando perde". Para o gremista mais raivoso, objetivo e simplista, a resenha poderia cair apenas como uma simples tese de algum corinthiano feliz pela derrota de um suposto adversário direto "deles" na disputa do G4. Mas não, claro que não, Juca na verdade espremeu e tirou um caldo interessante. Sua síntese do jogo, além da bola aérea, foi a falta de aproveitamento gremista. Com isso, entrou no segundo ponto fraco da equipe de Roger, ou seja, um time que cria muito, porém perde muitas oportunidades também. O arremate gremista é quase uma simbiose de temor com preciosismo, fazendo muitas vezes parecer até que o atacante tenha sido displicente. Juca fora cirúrgico na opinião. O Grêmio quando perde, perde ainda assim jogando o seu bom futebol, e perde justamente quando naquele específico jogo acentuam-se os seus dois defeitos principais. Corrigíveis.

Penso como gremista, que devemos enaltecer e muito o trabalho do Roger, falei aqui que iria enumerar as qualidades do seu time, mas nem vou, são tão óbvias as virtudes que vou simplesmente sintetizar toda aquela enumeração prometida, apenas nas entradas de Bolaños, Iago e Negueba, no último jogo. Ora, nenhum deles sentiu pressão e quem conhece um mínimo de futebol sabe que isso acontece basicamente quando o estreante encontra uma equipe madura, bem treinada, confiante e consistente. Substituir Marcelo Oliveira, Giuliano e Luan num só jogo não é pouca coisa. Para ponderar um pouco eu poderia lembrar que realmente não sei se tivéssemos pegado um adversário menos destroçado, conseguiríamos tamanha performance, mas não posso, pois pegamos o São Paulo e para quem possa desconhecer esse mesmo São Paulo ainda não tinha perdido para o Grêmio na Arena. Isso para se ter uma ideia do grau de dificuldade que é enfrentá-los.

Por fim, poderia dizer sem medo de errar, que quase todo mundo no time do Grêmio evoluiu em relação a si mesmo na era Roger.
 
Saudações tricolores

 
Edu Carlos Feijó
Gremista
 
 
 
 
 
 
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