segunda-feira, 26 de outubro de 2015

CONSIDERANDO(S). RESULTADO. TORCIDA, REDES E O COCORICÓ DA MÍDIA.

Coluna do Carlos Josias: Diretor Jurídico do Grêmio 93/98, Conselheiro 94/2010 e Vice-Presidente 2005/07








Considerando que o jogo foi no Maracanã, contra clube grande e de tradição, o empate foi muito bom resultado.
Considerando a campanha recente do Vasco, o resultado foi muito bom.
Considerando que o Vasco luta com todas as forças para sair da zona de rebaixamento, que conta com apoio maciço de várias forças para isto e que vencer era imperioso a ele, o resultado para nós, foi muito bom.

Considerando a campanha geral do Vasco neste Brasileiro, o resultado foi ruim.
Considerando o time do Vasco que é muito frágil, o resultado foi ruim.

Considerando que estamos na reta final e agora não dá para titubear, e que era o momento de livrar pontuação e solidificar gordura, o resultado foi ruim.
Considerando as aproximações e no momento em que ocorrem, o resultado foi perigoso e gera preocupação.

Considerados de lado, preocupa como irá reagir o Grêmio com confrontos severos daqui para o final e como suportará, Roger em especial, a pressão que vai haver.
Calcula-se, pelas pesquisas (Ibope de 2014), que a torcida do Grêmio em todo o país estaria em mais de 6 milhões, alguns dizem que hoje chegaria a 7.

Incluindo este ´considerando`, as redes sociais, como o Twitter, não a representam, e somados todos os Gremistas atuantes nela o percentual diante do todo beira ao ridículo. Já ficou bastante comprovado que rede social ajuda, mas não lota estádio, complica, mas não destrói o time, faz barulho mas não ganha eleição. O Oficialismo ou a Corneta e a Crítica podem ajudar ou complicar mas não são decisivos.

Infelizmente o mesmo não se diz da mídia, que exerce uma insistente pressão e se disfarça em defensora dos interesses do torcedor, o que é uma retumbante mentira, ela na verdade caça audiência para gerar anunciantes em troca do vil metal. Isto na realidade está sendo descoberto pouco a pouco e cada vez mais ela irá exercer menos influência no que, aqui sim, as redes têm cumprido um papel importante neste 4o império e tem ajudado muito a mudar o panorama e diminuir a pressão.

Mas aqui na terra de dois ela ainda canta alto, não mais de galo, mas faz cocoricó enjoado. Começou forte na coletiva do Treinador.

Os Sopradores de Tumba possuem muito menos relevância do que supõe, 5, 10, 20,30, 40, 50 mil seguidores, ´considerando` tb que uns seguem os outros, faze parte daquele percentual irrisório em meio a 6 milhões, são nada falando de tudo mas não alcançam todos. O problema são as Galinhas. Se Roger segurar a Galinhada, chegamos lá. Mas há que se estar atento e forte.

Saudações tricolores
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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

A culpa é toda do Roger


O Grêmio lutou muito na noite de quarta, mas foi eliminado com justiça pelo aplicado time do Fluminense. Mais uma vez, quando pegou uma equipe retrancada, o Grêmio enfrentou dificuldades e não soube criar situações suficientes para virar o placar e permitir a festa dos mais de 40 mil torcedores que mais vez deram um show na Arena.

É preciso, no entanto, falar do Roger, o nosso treinador. A culpa pela frustração passa exclusivamente por ele. E não pelo jogo ou por algum erro que possa ter cometido no comando do time nestes últimos meses. Falo da "culpa" como elogio. Foi ele, Roger, que nos devolveu o convívio com a esperança, com a alegria de ver o Grêmio jogar. Foi com Roger que voltamos a ver o Grêmio ser Grêmio e permitiu que sentássemos nas confortáveis cadeiras da Arena com a esperança de vencer.

Roger fez um milagre. Neste ano, o trabalho do time, até a chegada dele, beirava o ridículo. Nos últimos três anos contratamos muitos jogadores e gastamos milhões e nada de bom se teve. Nem esperança. Ninguém sabe me dizer a escalação de um time nestes anos.

Tivemos muito marketing e muitos projetos, mas esperança em ter um time competitivo tivemos apenas com a chegada do Roger, e sem querer, por sinal. Antes de tentar o Roger, o Grêmio parece que tentou o Doriva ou Cristóvão. Mas sorte também faz parte do futebol (vale lembrar que essa direção de futebol demitiu o Roger do Grêmio um ano antes de recontratá-lo).

Por tudo isso, sem nenhuma dúvida, temos que colocar no Roger a culpa por essa frustação na manhã desta quinta-feira. Ele fez um time competitivo apesar de tudo e todos.  Confesso para vocês que o resultado de ontem não mudou em nada o que penso sobre o trabalho do treinador e tenho esperança no título do Campeonato Brasileiro. A qualidade que ele impôs ao nosso Grêmio merece todo o nosso respeito.

 Deixem o Roger trabalhar. Ele é o Grêmio.
 






César Cidade Dias
Ex-Conselheiro e ex-Diretor de Futebol do
Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense
 
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