sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Preconceito - A bola da vez para a hipocrisia se fartar - E eleições - A única hora que levantamos taças

Coluna do Carlos Josias: Diretor Jurídico do Grêmio 93/98, Conselheiro 94/2010 e Vice-Presidente 2005/07. Josias @cajosias é colunista do Grêmio 100mil. www.facebook.com/cjosias.oliveira







 
PRECONCEITO E HIPOCRISIA - A bola da vez - de novo - é o preconceito e o racismo. E a imprensa se esbalda. Excelente tema para a mídia lavar a alma e botar um bode expiatório no quarto fazer um auê e passar água benta no corpo pedindo perdão de suas omissões e cometimentos - abundam peregrinos e paladinos da justiça em tom intelectual e indignado. Não faz muito o Jornalista (historiador) Peninha chamou o Nordeste de bosta. O que se falou disto por aqui ? Quantos falaram disto nacionalmente ? Ronaldo Fenômeno pouco antes da Copa não disse muito diferente disto do Nordeste. Ele, Ronaldo, esteve em P Alegre na Copa e quantos falaram disto nacionalmente e por aqui e mais, indagaram dele algo quando pisou no RS sobre o fato ? Um Procurador Federal foi condenado por Racismo e o assunto saiu apenas num site jurídico. Ninguém deu uma palavra. O exemplo vem de cima, deixam tudo passar e vão querer que torcedores de futebol tenham comportamento exemplar ? Quando a Ministra levantou aquela bunda mole dela da cadeira para se interessar por um destes temas citados ? Ah, os holofotes. Agora sim, a repercussão tá linda, então há que se dar uma exemplar espanada neste bode.
Gente Hipócrita, Cínica e Mau Caráter .... é o que temos em abundância neste país. Pudesse somar isto ao PIB estaríamos no 1o mundo.
 

ELEIÇÕES - Mas, no futebol (?) há um grande assanhamento no meio tricolor. Aproxima-se a hora do que mais sabemos fazer. Eleições. Raríssima ocasião que se comemora algo.
No futebol o Grêmio segue sem ganhar nada. Mas fora do campo chega a única hora nos últimos anos que algo é festejado no tricolor. Tem de tudo.Tem grupos que se esforçam, se superam, colocam Vice/diretores. Depois  estes saem do grupo, e, findo mandado, desaparecem, mas isto é um detalhe. Importa é colocar lá dentro. Este é o Projeto.
Preocupação de um ilustre amigo que refere que se o torcedor recusar o projeto mais uma vez desiste: minha resposta para ele foi simples. O torcedor não se preocupa com o Projeto ele nem sabe o que é isto, nunca leu o Projeto de ninguém. Ele vota naquele que cria um fato estupendo às vésperas do pleito e que lhe agrade, se isto se somar a um bom resultado, tá pelada a coruja. Em todas as eleições aparece um fato motivador batendo na sua porta. Já houve dezenas destas estratégias, são fortunas que um investidor estará enfiando no clube, um jogador maravilhoso, o surgimento de um personagem histórico e popular na história do clube que aparece para dar seu aval, não faz muito um líder destes ´combativos` anunciou, um dia antes do pleito, uma excursão para Brasília para trazer 60 milhões para o entorno da ARENA. A eleição passou e NENHUMA PALAVRA FOI DADA SOBRE O RESULTADO DA MISSÃO.

Por falar em ARENA já se sabe que esta será o mote para alavancar um pico na reta final, preparem-se, certamente acontecerá um anúncio bombástico.

Não estou nem entrando no mérito sobre a lealdade em algumas atitudes, na política aprendi que este vocábulo foi extirpado, o que realmente me impressiona é como isto convence fácil o torcedor e
como isto
tem dado certo apenas para a vitória do pleito,
e em nada tem contribuído para ganharmos no futebol. Ai é que está. Estes dois últimos anos - ATÉ AQUI - foram piores que a gestão anterior, a de Odone, e que também NÃO GANHOU NADA.

Mas enfim, vamos reservar ´ala` no Barranco. Alguém vai comemorar. Sim, finalmente, chegou a hora que mais gostamos. Comemorar ...eleição. O Grêmio possui agrupamentos especialistas em eleições. Temos carência no futebol, mas em eleições, ah, nisto nossa capacitação é insuperável.

Ah, Senhores é um momento sublime. Finalmente o G vai entrar em campo ... digo, no pátio. Tim Tim com champagne ( a única hora de levantarmos taça ). Tomara que não aja mais um engano.

Abs


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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

AS ELEIÇÕES E AS PROMESSAS


Essa semana aqueles que tiverem oportunidade puderam acompanhar o primeiro debate ao vivo transmitido pela televisão, para todo o Brasil, entre os candidatos a Presidente. Foi uma chance que cada candidato teve de apresentar sua plataforma de campanha, suas ideias, e principalmente o nível de comprometimento que ele se propõe junto aos eleitores. No primeiro bloco do programa, a produção da TV preparou uma pergunta igual para todos os candidatos, que deveria ser respondia individualmente por cada um deles. A pergunta era de forma resumida, quais seriam os planos de cada um deles, na hipótese de eleitos, com relação à segurança dos cidadãos, e o sentimento de impunidade que a sociedade clama junto ao governo. TODOS os candidatos tinham uma grande oportunidade de falarem a única coisa que gostaríamos de ouvir : "VAMOS MUDAR AS LEIS PARA SEREM MAIS SEVERAS, E VAMOS ACABAR COM ESSES RITOS INTERMINÁVEIS DOS PROCESSOS NA JUSTIÇA". Mas infelizmente o que ouvimos foi um interminável discurso evasivo de atacar as consequências (mais polícia), em vez de atacar as causas (medidas p/manter na cadeia os bandidos).

Mas o porquê dessa introdução se o nosso negócio aqui é o GRÊMIO ? Pois é, nessa semana também tivemos o lançamento de uma candidatura para a Presidência do clube, onde o discurso foi concentrado em PROMESSAS, e aqui não vou fazer juízo de valor dessas promessas, apenas vou me utilizar desse mote para desenvolver uma linha de raciocínio junto aos meus tricolores leitores.  Há muito tempo que tenho pensado sobre o modo e a maneira que o nosso clube é conduzido politicamente, e confesso que me preocupo quando sabemos que estamos divididos entre quase vinte grupos políticos, sejam eles grandes ou menos expressivos, todos com uma coisa em comum : Todos querem o melhor para o Grêmio ! Mas se todos querem o melhor para o Grêmio, então porque não se unem ??? Tenho uma teoria, e sem nenhuma comprovação científica, por exemplo, na minha opinião o cargo mais desejado por todos aqueles que militam politicamente nos corredores parlamentares do nosso Grêmio é a PRESIDÊNCIA do clube, talvez alguns nem queiram dizer isso abertamente, mas acho isso absolutamente normal, afinal de contas é o cargo máximo da nossa paixão. Mas atualmente para postular a condição de ser o dirigente máximo do clube é preciso dois pressupostos : 1) Ter experiência junto à vida política e administrativa do clube; 2) Ter RENDA própria para não depender de um emprego para se dedicar integralmente ao clube. Eu não me enquadro em nenhuma das duas premissas, seja por falta de conhecimento, seja porque dependo do meu trabalho para me sustentar. Então ai temos duas barreiras de entrada ! A experiência a gente pode até dar um jeito, é só começar a conviver e se aproximar do dia-a-dia do clube, mas a segunda já é uma coisa mais complicado, porque nem todo mundo nasce em berço esplêndido (do ponto de vista de independência financeira), e veja não acho isso nenhum demérito, pelo contrário, apenas acho isso limitador para pessoas que eventualmente teriam capacidade para dirigir o clube, mas não teriam condições de ajudar por falta de capacidade financeira.

Voltamos então às promessas, eu tenho convicção que todos os postulantes ao cargo máximo do Grêmio querem fazer o melhor para o clube, mas cada qual a sua maneira, e é nisso que eu vejo que chegou a hora se sermos ainda mais seletivos na hora de votar. O associado vai ter a grande chance de se manifestar nas próximas eleições para a Presidência do clube e a renovação de 50% do CD do clube baseado principalmente nas promessas que os candidatos vão nos apresentar, pelo menos eu vou adotar este critério. Se me perguntarem qual seria o tema mais importante para eu dedicar o meu voto nas próximas eleições eu diria sem vacilar : Vou escolher o candidato que se comprometesse em apresentar no CD do clube, no seu primeiro dia de mandato, uma proposta para altera o atual regime de gestão do clube, criando uma PRESIDÊNCIA OPERACIONAL do clube, isto é, teríamos um CEO, com a anuência do CD, devidamente remunerado, Gremista, experiente na gestão administrativa, financeira, operacional, tecnológica e de RH, que prestasse contas dos resultados do clube trimestralmente ao CD. Na minha opinião esse critério não só elevaria o nível de profissionalismo na gestão do clube, como liberaria a Presidência do clube para atuar principalmente mais próximo do futebol e nos assuntos políticos do clube, uma vez que essa sugestão de se implantar uma Presidência Operacional remunerada não vai atuar e nem representar politicamente o clube. Alguns mais céticos poderão se antecipar dizendo que isso não vai funcionar porque trata-se de um clube com várias facções políticas, e que o consenso entre esse grupos inviabilizaria essa proposta. Desculpem, falácias a cerca de uma coisa que depende apenas de vontade política dos entes envolvidos, e coragem para INOVAR e modernizar a gestão do nosso clube.
Agora pergunto, quantos candidatos vão ter coragem de fazer promessas absolutamente factíveis e vão cumprir, e faço aqui uma observação, não adianta me dizer que quer voltar a ganhar GRENAL e GAUCHÃO, porque isso é óbvio, o que eu quero saber como esse candidato vai fazer de forma OBJETIVA para que isso aconteça, tanto no cenário político brasileiro, como nas sucessivas direções no Grêmio, o eleitor/associado já esta cansado de promessas e compromissos assumidos não cumpridos. Temos que criar regras claras do alcance do poder dos cargos políticos no clube, e impor uma gestão com responsabilidade, inclusive, como é em qualquer empresa privada, com a devida cobrança material em eventuais prejuízos ao clube decorrente de má gestão, ou gestão fraudulenta. Quantos vão se comprometer em criar uma política de manutenção e VALORIZAÇÃO do nosso quadro social através de ações que priorizem a fidelização desses torcedores ? Quantos vão discutir abertamente a relação com as torcidas organizadas ao invés de usá-las politicamente ?? E por fim, quantos vão impor uma gestão financeira do clube obrigando o presidente a respeitar o orçamento anual do clube, sem gastar de forma irresponsável deixando o "pepino" para a próxima gestão ???
Então amigos tricolores, quantos vocês acham que vão fazer essas promessas nas próximas eleições ???
Eu fico na torcida que pelo menos um faça, ai minhas esperanças voltam a ser uma realidade em minha total falta de descrença com as intuições políticas de uma forma geral em nosso País, e de forma particular no nosso clube !
 

FÁBIO IRIGOITE
ADMINISTRADOR
SÓCIO GREMISTA DESDE 1993, COMENTARISTA NO PROGRAMA 2 TOQUES
 
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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A VOZ NO VESTIÁRIO



Em plena semana que o GFPA vai disputar uma parada duríssima frente ao líder do Brasileirão, recebo a notícia do Conselheiro Airton Ruschel que o CD do clube aprovou a criação do cargo da vice-presidência de futebol de forma oficial, inclusive fazendo parte do CA (Conselho de Administração), com autoridade e voz para administrar o vestiário com o respaldo político e administrativo da direção do clube. Este cargo continuará sendo um cargo de confiança do Presidente do clube, segundo ainda o amigo Airton Ruschel, será indicado pelo mandante maior do GFPA, o que aumenta ainda mais a importância dessa escolha, porque ele será o porta voz do Presidente dentro do vestiário. Não quero aqui me debruçar sobre quem vai ou não vai ser escolhido, muito menos entrar no mérito da escolha, o que importa é que depois de muito tempo vamos ter novamente uma pessoa da confiança da direção do clube para participar do cotidiano do vestiário, podendo inclusive antecipar questões que eventualmente poderão afetar o desempenho do time.

Também estou muito curioso para saber que dimensão dessa autoridade será conferida a esse futuro Vice Presidente no que tange notadamente as questões de gestão de egos dentro do vestiário, isto é, esse Vice terá espaço para discutir com a comissão técnica opinando sobre o comportamento e desempenho do time, dos jogadores, e em especial do rendimento dentro e fora do campo do grupo ? Pois é amigos, ai é que mora a questão central sobre a escolha desse novo Vice, independente de quem for nomeador, o escolhido terá que ser uma pessoa que domine amplamente o comportamento dos jogadores e comissão técnica, porque normalmente um dos maiores conflitos que temos na gestão de liderança se refere à personalidade dos atores envolvidos. Existem lideranças positivas, mas também há lideranças negativas em qualquer ambiente, especialmente em espaços competitivos como é o caso de um vestiário. Apenas para citar um exemplo, todos nós conhecemos o "estilo" do LFScolari, dependendo do lado que estiver a gangorra (momento do time) ele é mais ou menos digamos assim, polido, para não dizer outra coisa, então vejamos, vamos hipoteticamente imaginarmos que amanhã, para o jogo contra o Cruzeiro, esse Vice já tivesse assumido, e por alguma razão abordasse o tema sobre a manutenção no time de Zé Roberto na lateral esquerda e Lucas Coelho no ataque, e que na sua opinião fosse o mais indicado para o time, ao invés do Pará e do Barcos ! Que perfil deveria ter esse Vice para encarar um papo desses com o técnico ? E mais, qual deveria ser o comportamento desse representante da direção do clube tendo uma postura de autoridade transversa às responsabilidades de que é de exclusiva competência do técnico a escalação do time. Aproveitando, para ficar ainda mais esclarecedor, não preconizo que os Cartolas metam o bedelho a ficarem pitaqueando da manhã a noite no vestiário, pelo contrário, apenas defendo que SIM, o clube deve ter alguém permanentemente no vestiário para entender os critérios que movem a comissão técnica para a escalação do time em cada partida, acompanhando desde as questões do DM, passando pelo desempenho do time, chegando até as questões extra campo que podem afetar o resultado do trabalho em campo. Sei que esse comportamento é mais ou menos como andar sob o fio da navalha, mas é necessário e importante, porque somente com alguém credenciado pela direção do clube dentro vestiário como VICE de futebol é que teremos uma noção clara sobre a dinâmica do vestiário.

Num passado não tão distante assim, tivemos exemplos de vices de futebol que foram fundamentais nas conquistas do GFPA, exercendo um papel fundamental na gestão do grupo, e em especial no desempenho político junto ao futebol de uma maneira geral, bem como temos exemplos emblemáticos de pessoas próximas ao futebol com cargos diretivos mas sem o devido respaldo político para enfrentar questões complicadas, como é o caso por exemplo, de debater com "estrelas" no comando do time que se recusam a escutar a direção do clube. No vestiário encontramos jogadores, comissão técnica, DM e outros (todos funcionários do clube) que recebem como funcionários, mas em muitas vezes, se comportam como "donos" do time e quiçá da bola também !!! E é isso, na minha opinião, a principal missão desse Vice, administrar os egos de um negócio que envolve emoção, paixão e muita grana... , e isso tudo tomando corneta nas derrotas, e sendo acompanhado nas vitórias, aliado ainda ao fato da enorme carga de ciúmes que carrega de todos aqueles que gostariam de estar no seu lugar ! O vestiário é o centro nevrálgico do corpo de um time, ele pulsa para viver o hoje e não o amanhã, e ainda não tem tempo de esperar por um futuro incerto e não sabido. A gestão do futebol é como a televisão de antigamente, ao vivo sem chance de errar, porque se errar todo mundo vai saber, então o negócio é antes de entrar no "ar" (botar em campo o time para jogar), é treinar exaustivamente o IMPROVISO !!!

Mas independente da importância da figura que o Vice de futebol tem, uma coisa é certa, qualquer estrutura organizada precisa de comando, assim como em qualquer estrutura séria e orientada a resultados também precisa de experiência e comprometimento em suas áreas chaves como é o caso do futebol num time, sendo assim a decisão do CD do clube em colocar o Vice de futebol também no CA do clube além de chancelar uma opção pela prioridade ao futebol, revela uma preocupação com o órgão mais sensível do clube, o departamento de futebol.

Voz e comando, é isso que um vestiário precisa, além de uma comissão técnica respeitada e admirada, aliado a isso um elenco focado e comprometido, com uma direção séria e responsável, e uma torcida fanática e apaixonado, com esses ingredientes temos um bom pedaço de nossas vitórias construídas, o resto é talento e o fato imponderável. 

Que seja muito bem vindo o novo Vice de futebol, e que venha o mais rápido possível, seja quem, for que seja um baita Líder, que conheça o futebol e mais que aproveite e já leve consigo alguém para ir aprendendo com ele para um dia poder lhe suceder !!!!

FÁBIO IRIGOITE
ADMINISTRADOR
SÓCIO GREMISTAS DESDE 1993
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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A MÍDIA: UM, ENTRE TANTOS, CASO DE PROMOÇÃO DO PROVINCIANISMO

Coluna do Carlos Josias: Diretor Jurídico do Grêmio 93/98, Conselheiro 94/2010 e Vice-Presidente 2005/07. Josias @cajosias é colunista do Grêmio 100mil. www.facebook.com/cjosias.oliveira







Já escrevi exaustivamente que a Grenalização nasceu, cresceu, se formou, e obteve Mestrado e Doutorado pela mídia. Desde a década de 60 que acompanho futebol e tenho testemunhado isto. Desde os tempos da invenção da tal ´gangorra` que ensejava secação furiosa no adversário porque seu afundamento provocaria a nossa emersão. A disputa feroz por audiência originou programações de debates intensos e estocadas provocativas que geram chamadas para o enfrentamento. Isto todos já conhecem e estamos fartos de saber, tanto quanto, à saciedade, nos deparamos com quem aponte para torcida responsabilidade por uma Grenalização que ela não criou.

Pois o caso que conta é prova disto.

Um Gremista extraordinário, de bondoso e humanitário coração, cada vez mais raro no ser humano, reuniu um grupo e com ele fundou uma organização cujo objetivo é conceder desejos a crianças Gremistas, pequenos torcedores do clube em estado de enfermidade, em grande parte deles com doenças graves de pouca esperança de vida, vinculados ao clube que amam. Objetivo seria levar um carinho que pudesse ser recepcionado com grande alegria capaz de revigorar a fé na vida. O grupo tem sido sucesso estupendo de cumprimento da missão. Por ele jogadores e dirigentes ou ex-dirigentes, entre outros torcedores e simpatizantes do clube, servem de voluntários para levarem mimos a meninos e meninas, como camisas do clube, bola e outros ´souvenirs` que lhes deixem os olhos brilhando, o coração palpitante e a alma flertando com a recuperação. Alguns passaram desta vida, outros ficaram, mas o certo que a tarefa deste grupo recebeu recompensa impagável, as crianças explodindo de alegria e contentamento e uma legião de pais, mães e dedicados funcionários dos estabelecimentos hospitalares e afins.

Pois em meio a isto alguns jornalistas voluntários de Gigante do Jornalismo Gaúcho se prestam a servir de voluntários. Tudo como sempre, emoção, alegria, esperança, fé, admiração ... vida.

Promessa, partida dos voluntários: vamos fazer uma matéria no Jornal.

Não que o movimento precise de publicidade porque já recebe mais do que suficiente para o fim que se destina, o sorriso dos pequeninos, e também porque as redes sociais divulgam o trabalho com largo alcance e também que se registre isto precisamente, a divulgação não dá conta de quem promove por trás das fotos e organiza tudo: apenas as ações - e os que dela participam - é que são veiculadas.

O tempo passou e a matéria não saiu. Muito tempo depois um dos organizadores contatou com um jornalista e indagou:

- E ai ? a matéria aquela com as crianças foi publicada ?

Resposta:

- Bah cara, não; houve uma reunião na redação e concluiu-se por não publicar já que lá no Internacional não tem um grupo semelhante ....


Por estas e outras é que me espanta e me revolta quando de cuecas rasgadas alguns sobem em cima da mesa com dedo em riste para lecionar moral e bons costumes.

Provincianismo é isto.

Amadorismo Provinciano.

Grenalização barata e desumana.

Estão fora da casinha.


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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

TORCIDAS ORGANIZADAS, DIREÇÕES (des) ORGANIZADAS


Mais uma vez assistimos a episódios lamentáveis com relação a nossa torcida tricolor no Beira-Rio, seja por falta de preparo dos órgãos de segurança responsáveis pela condução deste assunto, seja pela falta de vontade política da direção do clube em resolver este assunto defendendo os interesses dos torcedores, e não querendo se acovardar diante de uns poucos marginais que não representam a nossa torcida, aceitando irresponsavelmente compromissos descabidos, como foi o caso da concentração da torcida do GFPA na zona sul da cidade, mais um pouco iam nos levar para concentrar perto da casa do Pilantra$ que fica praticamente na ponta do Lami.
Apenas para ficar esclarecido : Torcidas são fundamentais num jogo, caso tenham dúvida, bastam assistir qualquer jogo sem torcida na TV, para ver com seus próprios olhos a depressão que é ! Nossa torcida é fanática, apaixonada, e absolutamente comprometida com o sucesso do nosso GFPA. Mas importante destacar que torcidas são compostas fundamentalmente por torcedores que pagam para assistirem os jogos, entre eles muitos associados do clube, que pagam seus próprios deslocamentos, e o mais importante, torcem por amor ao nosso time, apenas esperando por vitórias e títulos. Porém, em algum momento da história do GFPA, começaram a surgir as torcidas organizadas, igualmente maravilhosas, fanáticas e importantes para o clube, assim como em algum momento um verdadeiro GÊNIO dentro do GFPA achou que o clube deveria PATROCINAR a paixão e o amor do torcedor pelo clube, e me antecipo distinguindo PATROCÍNIO de APOIO, enquanto o primeiro visa uma relação monetarista de troca de interesse, o segundo visa uma parceria focada num mesmo ideal, isto é, TORCER pelo clube. Se precisamos pagar por uma banda de tamborins e caxetas, então que se contrate uma escola de samba, pelo menos seria mais profissional, porque gritar, agitar, cantar, isso toda a torcida do GFPA faz, independente do lugar que senta no estádio. Então porque o clube prefere PATROCINAR em vez de APOIAR as torcidas organizadas ??? Bem , aí entra outra questão que nós reles sócios e torcedores ainda não tivemos alcance de entender ! Por exemplo, será que estas mesmas torcidas organizadas, hoje inclusive com alguns dos seus integrantes fazendo parte do nosso CD, teriam o mesmo desprendimento se recebesse apenas apoio para receber bandeiras, camisetas, adesivos do clube ?? Ou será que valeria a máxima da maior economia do mundo : NO MONEY, NO BUSSINES !
Nesta semana tivemos uma emblemática discussão na reunião do CD, entre um membro da direção do clube, e um conselheiro integrante da uma das torcidas organizadas, que por muito pouco não chegaram às vias de fato, inclusive com gravíssima ameaça a vida de um para com o outro, e isso dentro do mais relevante local da vida legislativa do clube, e sem nenhum tipo de constrangimento.  Não posso entrar no mérito de quem tinha razão, ou se ambos colaboraram para esse final desastroso, mas o que não sai da minha cabeça (pelo menos não tenho notícias), porque será que o ameaçado não fez imediatamente um BO sobre a ameaça recebida do agressor ???  Muito estranho, porque eu duvido que qualquer pessoa ameaçada de morte prefere ficar quieta a procurar a justa precaução junto ao órgão policial num primeiro momento, e a devida reparação moral e financeira no âmbito jurídico, num segundo momento ??? 
Tudo isso corroborado por uma total falta de organização de uma direção que prefere agir com truculência e falta de sensibilidade aos problemas da relação do clube com suas torcidas organizadas, e em especial pela manutenção de velhos e ultrapassados conceitos de gestão de crise, optando por manter a pessoalizarão das decisões do que a busca da modernização do diálogo. Não acredito que o clube tenha esse comportamento por ideologia, ou porque acha que o formato atual de relação com as torcidas organizadas atende os seus interesses, creio que seja muito mais por (des)ORGANIZAÇÃO da direção do que por qualquer outro motivo. Aliás, essa questão das torcidas, brigas no CD, e tantas outras rusgas internas na administração do clube, são apenas uma ponta deste iceberg, que quando começar a derreter vai fazer muito mais estrago em nosso clube, a começar com a saúde financeira e econômica do nosso caixa e balanços contábeis. Talvez alguns dirigentes fingem que não sabem que dinheiro não dá em árvore, muito menos cai do céu após uma reza forte, mas duvido que eles ajam assim em suas economias pessoais ou profissionais, os dirigentes dos clubes de futebol, de maneira geral, só agem assim, porque eles têm a ABSOLUTA CERTEZA que nada vai acontecer numa eventual gestão temerária de nossos cofres, comportamento este mais conhecido como IMPUNIDADE !
Nesse momento algumas vozes já se levantam defendendo jogos com torcida única, o que na verdade aqui no RS já é, uma vez que o único jogo aqui de duas torcidas rivais no Brasileirão é o GRENAL, e mais uma vez preferimos punir a MAIORIA a fazer valer o peso da lei, uma vez que as leis neste País foram feitas para não serem cumpridas, e poderíamos discorrer verdadeiras enciclopédias de tantos que são os exemplos, notadamente dos políticos e seus aliados, mas tenho certeza ser desnecessário tal é o conhecimento de todos sobre este assunto.  Outra questão, como será conduzida esta questão de isonomia de tratamento do torcedor, perante o código civil, o estatuto do torcedor, e demais implicações de ordem civil nesta proibição de não permitir o acesso da torcida adversária no estádio, considerando que é um evento público, de acesso geral e universal ??? Por exemplo, apenas para ilustrar do que estamos nos referindo : um torcedor Gremista vai ao BR sem se identificar (isto é, sem o nosso tradicional manto), chega dentro do estádio e começa a torcer pelo Grêmio ! E ai, o que acontece ??? Então, gênios da ideia, me respondam, o que vocês espertamente farão ? Talvez o uso do recurso público (BOE), num ambiente privado (BR), para tentar corrigir mais uma de tantas atrapalhadas que estão acostumados a fazer !! Ou vão aprimorar ainda mais a ideia, e irão autorizar o jogo SEM TORCIDA.  PORQUE NÃO VÃO PODER OFERECER O MESMO TRATAMENTO PARAS AMBAS AS TORCIDAS ???
Pois é pessoal, enquanto tivermos que conviver com essa desorganização generalizada em nosso País, seja no âmbito político, judiciário, ou mesmo administrativo, como é o caso em tela, ou seremos coniventes e resignados, ou vamos aos rebelando através dos meios disponíveis, incluindo o VOTO em seus representantes no clube, para promovermos às mudanças que farão a grande diferença na hora das grandes decisões.

FÁBIO IRIGOITE
ADMINISTRADOR
SÓCIO GREMISTAS DESDE 1993
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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Carta a Rafael Pires sobre Élvio, Geral do Grêmio, direção e relações

Coluna do Carlos Josias: Diretor Jurídico do Grêmio 93/98, Conselheiro 94/2010 e Vice-Presidente 2005/07. Josias @cajosias é colunista do Grêmio 100mil. www.facebook.com/cjosias.oliveira







Rafa

Te falo com total desprendimento e com a cabeça de pai olhando o sentimento de um filho. As ameaças são extremamente constrangedoras, enchem o saco, incomodam, são inaceitáveis, inadmissíveis, mas teu pai sabe perfeitamente que nestas circunstâncias são nada mais do que balelas, a mais vindo de onde vem, no fundo uma gurizada rebelde entre um e outro delinquente menor e ou até maior num ou noutro caso. É histórico, quem diz que vai fazer não faz. Aliás tais ameaças vêm desde o inicio da Geral, há 10 anos, se tivessem que se consumar já o teriam feito há tempos.

Experiência pessoal, teve um dirigente do G que tinha uma desavença comigo andava armado, "botava" o revólver em cima da mesa e dizia que ia me matar, espalhou isto para o mundo. Um dia liguei para o G falei com alguns que eu sabia que chegariam nele e avisei para dizerem a ele = estou indo ai, bota bala nesta arma. Passei a tarde no clube e ele trancado na sala dele. Para todo a regra há uma exceção, claro, e por isto há que se ter cautela, claro de novo, mas tirando os aborrecimentos supra não passarão disto. A propósito no mesmo episódio meu num jogo foram comigo meu cunhado, o irmão dele e 2 filhos. Todos negros. Todos com a camisa do G e um deles enrolado numa bandeira do RS. Ai um repórterzinho, que é o que é aquele cara é nada mais do que isto, em estatura e talento, anunciou na rádio que eu estava com 4 seguranças associando ao caso do desafeto. Incrível, ele mirou 4 negros vestidos com camisetas do clube e uma bandeira do RS e achou que fossem seguranças. O Felipe Gamba então na Guaíba enxugou a notícia e repetiu. Como tinha intimidade com a Guaíba ele me ouviu e PEDIU DESCULPAS NO AR. O micro anão covardemente silenciou e nunca tocou no assunto. Neste baile Odone entrou e não deixou que eles entrassem no vestiário comigo e referiu serem seguranças. Fiz BO. Na Polícia o Grande Deputado DISSE QUE NÃO DISSE O QUE DISSE, e diante disto, uma retratação, cínica e hipócrita, é verdade, meu cunhado entendeu de encerrar o caso mais pensando no clube (ele era sócio) do que num deputado medíocre como foi Odone - por sinal criador do monstro a quem dava dinheiro como quem dava água.

Enfim, o que em resumo quero te dizer é que com a integridade física do teu pai não te preocupa, e até achei dispensável, embora impressione a quem está contra, os seguranças levados. O que é inaceitável, repito, são as ameaças não importam que sejam sem intenção ou possibilidade do desfecho. Mas o velho é malandro e antigo, sábio tb por antiguidade. Saiu por cima e na boa.
PRÁ TERMINAR vou ter sincero mais uma vez. A grande responsabilidade por esta questão da Geral é a Direção do Grêmio que não sabe como contornar.

Errou a anterior, que dava dinheiro na mão e ilicitamente, fora do caixa, uma vergonha - SE O CD TIVESSE CONSCIÊNCIA DA SUA FUNÇÃO EXIGIA INVESTIGAÇÃO DESTE CASO MAS ENGAVETOU COMO DE COSTUME - criou o problema, e erra a de agora que não sabe disponibilizar meios para substituir a grana sem entrar em atrito e não consegue resolver um problema cuja missão é a de consertar o que está estragado.

O Grêmio erra. No meio destes erros, eu, tu, teu pai, a torcida, o clube. Te digo esta briga da Geral com a Direção é antiga e está chata. Perde o Grêmio, uma pena.

Um fraterno abraço


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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

A (FALTA DE) GESTÃO



Em plena semana do GRE-nal, a imprensa divulga importantes informações sobre como anda o endividamento global dos clubes (dívidas em geral + impostos) no Brasil. Inicialmente a matéria aborta um tema que invariavelmente é renegado pelas direções dos clubes : RESPONSABILIDADE DOS PRESIDENTES DOS CLUBES !!! Na verdade, em nosso País, clube é uma entidade mais ou menos como a casa da sogra, isto é todo mundo frequenta, mas ninguém quer levar para sua própria casa.
A falta de responsabilidade chega às raias dos clubes ficarem inadimplentes com a Previdência Social, e o governo (pasmem) ainda oferecer um bônus por esse comportamento, isto é, oferecer um refinanciamento da dívida acumulada até então, e foi exatamente isto o que ocorreu há uns vinte anos atrás, e ainda como um plus, podia pagar com os recursos de uma futura, incerta e não sabida receita, advinda de 5% da receita de bilheterias, claro porque o governo gosta de ajudar, ainda que o povo esteja morrendo pelas ruas da cidade sem saúde, educação e segurança, e sem ter um mínimo de isonomia no tratamento desta questão com relação a outros setores da economia.

Nesta mesma matéria, é informado que esta dívida cresceu de 1993 até o presente momento DEZ VEZES, isto é, o governo conseguiu o título de DECAINEFICIENSIA em arrecadar os seus impostos dos clubes brasileiros, e ainda se gaba por isso, pelo que se vê nas declarações do Ministro de Esporte, onde o importante é "viabilizar" o esporte como um apoio social para o nosso povo! Aliás, político adora falar difícil para não ser cobrado no futuro pelo monte de baboseiras que gosta de dizer. Cabe salientar que além da inadimplência, o governo espertamente elaborou um conjunto de "soluções" para ver se conseguia ajudar ainda mais os clubes (sim, o negócio era ajudar, e não receber o que lhe cabia por direito), como o Refis, redução de impostos, e TimeMania, mas nada disso foi suficiente diante da irresponsabilidade dos dirigentes da maioria dos clubes no Brasil. Alguns dados relevantes, o GFPA é 10o clube no ranking dos 15 maiores devedores de tributos (SCI é o 7o.), sendo que praticamente 50% dessa dívida se refere a impostos. Se considerarmos o volume total da dívida (TimeMania, empréstimos, e outros), o GFPA ocupa a honrosa 8ª posição nesse momento, porque pode ser que após você acabar de ler este texto, o nosso clube já tenha subido algumas posições com relação a essa dívida, e obviamente com a complacência do governo mais a falta de responsabilização dos dirigentes que gastam sabendo da certeza de que JAMAIS serão punidos, inclusive por gestão temerária, o que é o caso nesta questão, a dívida vai aumentando.
Mas o que tem haver essa questão com o GRE-nal ??? A princípio nada, especialmente se olharmos só com a nossa paixão esse próximo clássico, que invade cada canto dos nossos corações. Mas passado o calor das nossas emoções, e findo o jogo, preferencialmente com mais uma vitória nossa, vamos voltar a viver o mesmo cenário de gestão: investimentos casuísticos, responsabilidades subjetivas. E assim vamos levando a nossa vida, de um lado uma torcida apaixonada, e de outro uma direção que faz de conta que é responsável, mas no fundo não paga as suas dívidas, ou no mínimo, vai rolando os seus compromissos. Fico pensando quando será que teremos um presidente que haja no GFPA como fosse na sua própria empresa, isto é, só vai gastar aquilo que podemos pagar, senão o banco vem aqui e nos leva as nossas garantias!!! E não me venham com aquele discursinho surrado de que senão gastar não tem como contratar, me poupem! Como é então que nas empresas privadas que também lidam com orçamentos enxutos e ainda com concorrentes diretos (coisa que o GFPA não tem, afinal de contas quem nasce Gremista morre Gremistas, cliente fiel para toda a vida), conseguem sobreviver sem esse tipo de comportamento?

Será que se fosse um dia implantado uma legislação de responsabilidade objetiva sobre má gestão de recursos nos clubes, essa realidade não mudaria?? Eu não tenho dúvidas, na hora que o sujeito sabe que pode tomar uma cana se gastar irresponsavelmente, ele vai pensar duas vezes antes de se meter de pato a ganso, ou melhor, de devedor a inadimplente. Esse papo que precisamos contratar, pois caso contrário os outros clubes farão é balela, fruto de uma situação confortável que os governos repetidamente vão oferecendo aos clubes, que por sua vez se aproveitam para tentar levar seus planos adiante, muitas vezes no plano pessoal. No caso do GFPA, o que não exclui outros clubes, a situação, a meu ver, ainda é pior, porque o nosso estatuto permite que políticos profissionais possam ser eleitos como presidente do clube, o que nos deixa ainda mais sem esperança, ou vocês acham que um político vai propor qualquer tipo de lei que eventualmente no futuro possa lhe prejudicar???
Pois é, e como se soluciona esse tipo de situação, onde de um lado existe a necessidade de se compatibilizar a gestão responsável dos clubes de futebol, e de outro, a total falta de comprometimento da maioria das direções de clubes em querer oferecer a seu próprio patrimônio na hipótese de incorrer numa gestão temerária do patrimônio e recursos do clube? Bem na minha modesta opinião isso só vai alterar quando a nossa torcida começar a fazer pressão sobre os resultados do clube também extra campo, não adianta chorarmos após cada derrota, quando na verdade apenas empurramos com a barriga um problema que deve ser resolvido o mais urgente possível, isto é, impor uma gestão responsável no clube, com rigor, transparência, e principalmente com regras claras caso haja irresponsabilidade com o nosso patrimônio.

Somos torcedores apaixonados, e talvez exatamente por isso não somos relevantes na hora da direção antecipar receitas de televisionamento, assumir empréstimos, e não pagar os impostos do clube, deixando tudo isso sempre para a próxima gestão.
Fica aqui então a pergunta: Será que esses mesmo dirigentes agem assim também em suas empresas?  Há, só para constar, não me venham agora esses dirigentes com aquele mimimi de que o clube precisava contratar e blá, blá, blá....

Bom, vamos ao GRE-nal, e que vença o menos endividado !!!

FÁBIO IRIGOITE
ADMINISTRADOR
SÓCIO GREMISTAS DESDE 1993
 
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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

O Felipão e o GREnal



Saudações tricolores! Se é para a alegria a prosperidade da nação tricolor digo que volto, e volto para ficar porque aqui é meu lugar!
(Eu sei!!!!! Sei que soou bem prepotente mas é a saudade de vocês que me deixa assim e depois da acolhida maravilhosa não tenho dúvidas de que o carinho é recíproco.)

Bom, domingo que se preze tem futebol, futebol de verdade tem que ter clássico e clássico de verdade é GREnal! Aqui não tem essa de várias rivalidades, rival mesmo é o colorado que nos azucrinaaaa faz anos! Sim, meu amigos, eu admito: estava difícil! (Agora tem o guri desocupado que vai vir falar que eu errei o tempo verbal da minha frase... maasss “wait for, wait for...”) Sim, ESTAVA difícil porque agora nossos problemas acabaram!


Pausa para as argumentações dos leitores que só conhecem o Grêmio da Batalha dos Aflitos: “Ahh essa daí não entende nada de futebol,  muito otimista! Temos problemas com o time,  nosso atacante perde muitos gols e  nossa defesa não aguenta a pressão... Técnico bom é o Roth porque ele sim ia ver que nos falta é um volante!!

Mas agora vou explicar porque nossos problemas acabaram, chegou o coração do time: Felipão está de volta, agora sim ele vai fazer da Arena nossa casa. Pode parecer loucura, delírio de apaixonado, falta de noção... Mas não meu queridos amigos tricolores, isso é gremismo! E gremismo é chamar o Luis Felipe Scolari, de Felipão, porque nós somos velhos amigos, eu posso dizer com propriedade do trocadilho que ele é meu amigo de infância. Felipão, eu lembro de ti... Tu fez com que eu vivesse os momentos mais felizes de minha vida tricolor... Que saudadeeeeees de ti velho amigo! Ah seu teimoso, turrão! Sabe o que estão falando amigão? Estão falando que nós gremistas, somos loucos Felipão, loucos por te receber de braços abertos, comemorar tua chegada como se fosse um título e de acreditar em ti. Felipão, tem uns linguarudos por aí que estão falando que você não é mais o mesmo, que se você acabou com a seleção e com uns outros times, que sabemos muito bem que sem ti estariam muito pior. Mas amigo Felipão, cai entre nós, esse povo não sabe o que está falando! Ninguém te conhece como nós e ninguém nos conhece como você Felipão! O Grêmio é a cara do Felipão e o Felipão a cara do Grêmio. Sabe porque eu acredito em ti, velho amigo? Porque você fez aquele time de 95, que todos faziam piada, que a querida RBS rolava de rir, ser “o time de 95”. Você, querido amigo, você é um teimoso e é por isso que te amamos Felipão Scolari, porque nós também somos uma nação de teimosos... Teimamos em acreditar no impossível, em ser imortal, em dar maracanazo e teimamos que a virtude é melhor que o jeitinho, teimamos que futebol é raça e não arte.  Sabe Felipão, “deixa que falem, que digam e que pensem”, mas tu tens nossa confiança e sabemos que tu não vais nos desapontar.

Quem conhece meus textos já deve ter notado que não é um dos meus tradicionais textos pré-jogos, que esse texto está completamente fora do formato e que eu não fiz sequer uma análise tática, uma comparação histórica... NADA... Mas sabem o por quê? Porque tudo que vivemos nos últimos 16 anos agora é como se fossem páginas em branco, eu voltei para agosto de 95, e nessa época nem “existia” Inter, nem se cogitava discutir quem é o maior do estado e de quem é a vantagem do GREnal. Estou em 95 amigos, Felipão também e o time também... E vocês meus amigos, estão esperando o quê?!! VEM PARA 95 VOCÊ TAMBÉM!
E depois do GREnal a gente conversa.
Amigo Felipão, eu até te desejaria sorte, mas tu não precisas de sorte porque tu tens competência e um coração azul, preto e branco.

AQUELE ABRAÇO!



Aline Remus: Gremista de Santa Maria-RS é colunista do Grêmio 100 mil. Atualmente fazendo Mestrado em Quebec, Canadá. @alineremus






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sábado, 2 de agosto de 2014

O velho renovado


Foi uma semana de muita alegria para a nossa torcida a chegada do LFScolari, não só por toda a sua trajetória no GFPA, mas também pela sua história no futebol mundial, incluindo o fracasso do personagem FELIPÃO na Copa da Ineficiência. Importante trazer a luz um outro aspecto importante na decisão da contratação de trazer o LFScolari. Que foi o viés mercadológico para o clube enquanto negócio para as receitas do GFPA, que de pronto já motivou o aumento em nosso quadro social. Mas tenho alguns receios, ainda que torça fervorosamente pelo sucesso do nosso técnico, e comento isso baseado no que vi nos gramados nesse torneio realizado em jun/jul passado no Brasil. Algumas cenas foram emblemáticas, como por exemplo, o choro coletivo desses meninos em campo, as dificuldades táticas enfrentadas nos primeiros jogos, a nítida falta de convicção na escalação do time, como por exemplo, a falta de consistência do nosso meio de campo, mas certamente a maior surpresa (negativa) foi ver o FELIPÃO tomar SETE gols e ficar impassível na beira do campo, e depois levar mais TRÊS e ainda deixar que o grupo começasse a orientar o time na beira do campo, e foi naquele momento que eu tive certeza que o personagem FELIPÃO tinha sido desconstruído como técnico, e talvez tenha ficado só a dignidade do cidadão LFScolari.

A recepção que demos ao LFScolari na ARENA foi emocionante, incluindo a presença do ex-Presidente Oly Érico da Costa Fachin, como bem lembrou o colunista Carlos Josias em uma de suas colunas, onde a torcida demonstrou toda a sua esperança para que se recrie aquele clima copeiro do time, onde ganhamos todas as principais competições, incluindo um Mundial, num tempo que a nossa paixão ainda não era contaminada pelas rusgas políticas dos grupos que comandam o clube, tempo em que íamos para o estádio para nos encher de alegria a cada vitória do nosso GFPA, e dificilmente saíamos frustrados do Olímpico, onde cada jogo era recheado de emoção e muita vibração. Naqueles tempos não existia tanto tecnologia, as táticas e treinos eram feito na raça e na experiência do comando do futebol, não existiam psicólogos para afagar os choros de bebês, muito menos essa moda ridícula de cabelinhos pintados como uma calopsita ou brinquinhos puxando as orelhas para baixo! Tempo onde a figura central do espetáculo era jogar futebol, e não ficar procurando toda hora com o telão para ver se o cabelinho continua engomadinho, ou então ficar tendo chiliques a cada falta marcada, enfim, tempo onde o futebol era jogado por profissionais da bola, e não da moda....

Mas os tempos mudam, e disso ninguém pode fugir, sob pena de ficarmos obsoletos e ultrapassados, isto é sem utilidade, e sem aprender o novo, e sendo assim algumas coisas são importantes nesse retorno de um velho, respeitado, e admirado amigo e torcedor, que como ninguém levou o GFPA a grandes e memoráveis conquistas, e certamente é essa fantasia que inunda o imaginário da torcida, e a razão é simples de entender, não temos mais condições de ficar sofrendo vendo o nosso time a cada ano que passa sem um rumo para lutar por um título, sem a esperança de que vamos pelo menos montar um time para competir em condições no mínimo iguais aos demais candidatos ao título, e dessa vez, com a chegada do LFScolari, é isso que me parece que a torcida espera, isto é, uma luz no horizonte para sonharmos com a volta das vitórias e conquistas, acabando de vez com esse acúmulo de derrotas ou falta de títulos, e se iniciando uma nova fase de alegrias para o clube e sua torcida. Imagino que a ARENA, a partir do primeiro jogo comandado pelo LFScolari, deve começar a receber um grande público, a par das enormes dificuldades de acessibilidade, o que evidencia ainda mais a importância da decisão da direção do GFPA de trazer o LFScolari, aliado ao momento do time que busca uma recuperação de posições no BR14, e vai enfrentar uma CB14 simultaneamente. Certamente emoções não irão faltar neste segundo semestre para nós, incluindo a nossa enorme expectativa com o desempenho do novo técnico.

E sobre essa expectativa, sobre o comportamento do LFScolari é que reside as minhas maiores preocupações, não que duvide de sua capacidade profissional, muito antes pelo contrário, ou então pelo seu ânimo depois desse fracasso mundial na seleção, ou até mesmo pelo seu temperamento, não, nada disso é motivo para ficar preocupado, o que me deixa inquieto é saber se o LFScolari está preparado para o novo, e se o GFPA esta preparado para lidar com o velho atualizado? Será que vamos ver um LFScolari dos velhos tempos onde ficava na beira do gramado dando "choque" no Dinho, Arce, Paulo Nunes, Jardel e companhia, ou será que vamos ver um LFScolari na beira do campo motivando o time com mais sabedoria, experiência, e principalmente renovado nos seus conceitos??? Será que nas coletivas, após uma eventual derrota, ele também vai destratar os jornalistas como fez na Copa, ou será que aprendeu que humildade é uma atitude que só lhe traz solidariedade e apoio fora do campo? Será que finalmente o LFScolari vai entender que vivemos num País com quase 200 milhões de técnicos, e temos que ter a paciência de escutar o contraditório, mesmo que este seja a maior estupidez do mundo, até mesmo porque ninguém é dono absoluto da verdade! Será que vamos ver o diretor de futebol do GFPA dividindo o enorme encargo do departamento junto com o técnico, ou será que vamos ter uma dinastia absolutista no vestiário, sem o compartilhamento e compromisso da direção do clube para atuar como protagonista, e não como coadjuvante no departamento de futebol. O futebol mudou, os estádios mudaram, as relações de consumo mudaram no futebol, porque então que o preparo da equipe também não pode se aprimorar, buscando ajuda na tecnologia, conhecimento, experiência, e novas visões sobre tática e gestão de atletas, incluindo aqui as questões do departamento médico do clube. Isso tudo passa, necessariamente, também pelo amadurecimento do técnico, que a partir de agora terá que conviver com novos modelos de gestão da equipe, e pelo clube que terá que ter personalidade de buscar o melhor para o time, independente do personalismo que até hoje reinou no vestiário do clube.

Bem, torço pelo LFScolari, torço ainda mais pelo nosso GFPA, e tenho a esperança que a evolução de conceitos e políticas no clube seja uma coisa que aconteça com o comprometimento da direção do clube, técnico, atletas, torcida, e principalmente pelos grupos que apoiam e querem o sucesso do GFPA.

FÁBIO IRIGOITE


ADMINISTRADOR
SÓCIO GREMISTAS DESDE 1993
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