segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Pra esquecer, ou melhor, pra lembrar

Hoje foi uma daquelas partidas em que sempre se fala: atuação pra esquecer, de tão lastimável que foi. Quem falar isso até tem razão em partes: realmente foi um jogo inacreditável, um time só em campo. Nosso Grêmio devia estar de ressaca, da Oktoberfest de Igrejinha talvez. Não tinha se visto ainda neste campeonato um time tão desligado, aéreo, desatento, inoperante como o tricolor hoje.

Se ainda se tratasse de um time muito forte, se fosse o Cruzeiro, era compreensível que o Grêmio não conseguisse impor seu ritmo de jogo e fosse goleado. Afinal o futuro campeão brasileiro tem um time magnífico, com ótimas opções para todas as posições, não estando na liderança por mero acaso. Mas sair derrotado pelo Coritiba é dose de uísque barato, difícil de engolir.

Um clube fugindo do rebaixamento, que perdeu diversas partidas, que vive só em torno da inspiração do Alex ganhar de 4 do tricolor. Quem imaginava isso antes do inicio do jogo? Nem o colorado mais secador ousaria em arriscar um placar desses. Mas foi isso o que aconteceu.

Grupo apático, abatido, sem vontade. Foi o que os jogadores gremistas transpareceram essa tarde. Claro, muito também por causa do golpe a 15 segundos. Levar um gol e ainda contra, numa falha dantesca do Pará, prejudica qualquer inicio de jogo de qualquer equipe. Só que levar uma goleada foi demais. Foi trágico. Foi terrível.

Uma das defesas menos vazadas do campeonato ruim. Tomou de 4. Foi um fiasco, um atropelo. Lamentável. Precisou de dirigente ir ao vestiário pra dar uma sacudida nos jogadores. Precisou de gritos do Renato no intervalo e mesmo assim nada disso foi suficiente. O time continuou desacordado em campo.

Então tudo isso seria motivo pra esquecer o jogo e pensar na peleia de quarta-feira. Porém, mais importante que esquecer é lembrar. Lembrar de todos os erros cometidos hoje, de evitar a apatia que tomou conta de todos, da desatenção em excesso, dos erros de escalação. Adriano e Matheus Biteco juntos, por favor, é jogar com 9, é uma heresia. O time não ataca nem marca. Foi o que se viu. Um time que deixava avenidas de espaço pro Coxa atacar e não tinha forças pra rebater na mesma moeda.

A torcida mais fanática do Brasil espera que as lições sejam compreendidas e postas em prática já na Copa do Brasil. Ou corre-se o risco dos erros se repetirem e ocorrer mais uma derrota em solo paranaense. Com conseqüências muito mais mortais do que a perda da segunda colocação no Brasileirão.

                Marcus Reis @popgremista
Share |

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A PRESIDÊNCIA DO CD, O PONTO DE DESEQUILÍBRIO DOS ÚLTIMOS PLEITOS, O INCRÍVEL RENATO E RUI COSTA



Coluna do Carlos Josias: Diretor Jurídico do Grêmio 93/98, Conselheiro 94/2010 e Vice-Presidente 2005/07. Josias @cajosias é colunista do Grêmio 100mil  www.facebook.com/cjosias.oliveira








1. Me liga um amigo dizendo que um cronista de ZH analisando o pleito para a Presidência do CD refere que a vitória de M Camargo teria sido decidida nos votos da Geral. Erro, comum para quem não conhece a fundo, ou pensa que conhece, a política do clube. Necessário, antes, que se diga o óbvio. Numa eleição, tanto quanto num jogo de futebol, o detalhe pode definir e todos contribuem de alguma forma para o sucesso quando alcançado, ou para o insucesso quando aquele não é atingido. De milho em milho .... Então o que decide, mesmo, é um conjunto de fatores que, agregados, se encaixam de tal forma que o resultado final é o desejado. Evidente que a Geral teve sua importância, e grande, tanto para a eleição ao CD quanto para a da Presidência deste. Mas não foi ela quem decidiu nenhum nem o outro no ponto em que o analista apontado perseguiu definir. A Geral nunca votou com Koff, sempre votou com Odone. De sorte que os votos dela não foram roubados ou retirados e transferidos da Chapa 2 para a Chapa 7 no pleito ao CD tampouco para a Presidência do Conselho - eles naturalmente ao longo do tempo já estavam nesta posição. Quem teve os votos migrados de um para outro contingente claramente foi o Grupo Grêmio Imortal, e isto definiu. Este grupo fazia parte do denominado G-6(7) e fazia parte do apoio ao Koff. Ao se eleger em companhia do MGI e da Geral o Imortal pulou de 6 ou 7 conselheiros para 23. Vejam bem, 23 conselheiros. Tivessem ficado no apoio a Koff, numa eleição de 2 concorrentes, como aconteceu para a Presidência, resultaria em 46 votos de diferença = 23 a mais para o candidato que votaram e 23 a menos para o candidato que deixaram de votar. O Imortal foi subestimado, esta é que é a verdade. Desprezado pelo G Sempre, que preferiu compor com os Sócios Livres, e também por influência destes, restaram excluídos da parceria. A Chapa 2 quer pelo Unido quer pelo MGV também não lhes admitiu a companhia. Isolados, o Imortal compôs com o MGI. E deu no que deu. Em duas eleições, na sequência, este grupo desequilibrou. Quem conhece um pouquinho, só, da política do clube, sabe disto. No detalhe, como numa grande decisão, nestes dois pleitos, este pênalti foi bem batido por quem formou a chapa 7 e elegeu M Camargo.

1.1. M Camargo merecia vencer. Sempre se mostrou ao longo de sua trajetória no clube, característica: a coerência. Homem discreto, advogado militante - e sempre achei que este cargo é daqueles que quem o exerce tem de ser um profissional do direito e ativo - fica à margem dos holofotes. M Camargo tem um temperamento ao menos aparentemente que se assemelha ao de RRFL e ao que tudo indica deve fazer um bom governo. Desconheço restrições à pessoa dele e desconheço qualquer conduta dele que não tenha sido coerente. Seja exitoso, é o que se deseja para o bem do clube.

2. Renato tem sido exitoso no clube. Parece que tudo que faz dá certo, beira ao incrível. Inventou um esquema maluco e quanto mais batem nele por isto mais ele ganha e mais ele cresce. Alguns não comentam as vitórias do Grêmio, lamentam elas, o que é curioso e divertido, estão cada vez mais perdendo os cabelos e correndo riscos de ficarem com muito pouco do que possuem abaixo deles. Não sei se vamos manter a segunda posição e menos ainda se vamos ganhar a CB. Mas de uma coisa eu tenho plena convicção, ficássemos com Luxa e estaríamos na zona da morte. A troca foi perfeita embora pudesse ter sido feita antes. Se Renato chega antes o título estaria ao alcance.... mas não duvido de mais nada. Guerra e Rui ensinaram como lidar com Renato. Deixaram ele trabalhar e não atrapalharam. Com Luxa isto não funcionou e não funciona, deixar Luxa livre é pedir o acidente, o engomadinho definitivamente não sabe dirigir, ele se adona, vira Presidente e estraga o que está certo. Um pavor, virou o fio, perdeu mais do que o trilho, perdeu o trem. Renato tem uma postura diferente. Ele sabe até onde pode ir. Em paz para trabalhar rende e não abusa. Rui, que já sabia disto, conduziu com habilidade o regresso. Chitolina só acompanhou. No que fez bem.

2.1. Por falar em Rui. Que dirigente senhores, que dirigente.

abs


Share |

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Foi justo

Bom, a melhor coisa que podemos tirar de lição deste empate no Grenal é simplesmente o fato de aproveitar as oportunidades nos momentos certos quando elas aparecem. Foi o que faltou ao Grêmio hoje no clássico. Logo após o golaço de Vargas (partida ímpar do chileno, impecável), o tricolor passou a dominar o jogo e pressionar os colorados, que estavam visivelmente desorientados, perdidos.

O clima no estádio era azul, torcida incendiada cantando, os vermelhos atônitos porque não esperavam o golpe e a tarefa de vencer a partida parecia mais fácil de ser realizada. Afinal um terceiro gol ali mataria o jogo. Não acredito que os comandados de Clemer teriam forças pra reagir a um novo golpe. Seria mais uma vitória no campeonato, mais um triunfo do Imortal.

Porém, o time até fez uma pressão leve, perdeu umas oportunidades, mas não foi efetivo. Deixou o adversário vir pra cima, crescer no jogo e o que se viu depois foi uma reviravolta. Com o pênalti marcado e convertido, o jogo que estava pro lado azul mudou de lado. É chato de admitir e tal, mas eles cresceram. Na hora, os tricolores olhando o jogo voltaram a roer unhas, a gritar apavoradamente, temendo um resultado negativo que seria injusto e trágico pras pretensões no campeonato.

Mas, aos poucos o Grêmio se acalmou, equilibrou o jogo e o que se viu depois foram momentos de tensão pra ambos os lados. Partida aberta, placar indefinido, times motivados e atacando muito. Jogo lá e cá. Festival de belas jogadas, boas troca de passes. Enfim. Melhorou muito pros espectadores. Claro, em se tratando de apreciar belas equipes, porque pra torcedor o que importa é seu time ganhar. Jogando bonito ou não. Assim como os torcedores gremistas já estão bem acostumados. Futebol não vistoso mas prático, efetivo.

Coisas que acho que têm que ser corrigidas, revistas, confirmadas enfim: Vargas é titular absoluto, sem pensar em outra possibilidade. Souza hoje tava dormindo. Não se explica a falha no primeiro gol colorado de outra maneira que não a desatenção. E o gol perdido no final então. Desatento ou displicente. Perdemos 2 pontos ali, uma vitória que encheria o time de moral. Terceira coisa: Renato demora demais pra mexer no time. Mamute entrou depois dos 40 do segundo tempo. O time não podia esperar tanto pra ser alterado. Precisava um sangue novo ali pra mexer com os jogadores.

Última coisa: D’Alessandro é assim mesmo. Reclama, xinga, tenta induzir a arbitragem a seu favor, enfim. Todos conhecemos muito bem a peça. O que ele falou após o jogo, dizendo que o Grêmio é um time de museu. Ele sempre vai falar algo, recalque puro. Ele é pago pra jogar, não pra falar. A imprensa também dá muito crédito pra ele, ao que ele diz. O cara joga muito, mas fala de igual maneira, ganhando publicidade e fama pra ele e fazendo sua torcida idolatrar ainda mais ele. Espertinho ele, mas é o normal.

O time precisa agora é apreciar o 1 ponto conquistado, sabendo que a rodada foi super benéfica pro time e ir com tudo agora na Copa do Brasil.
Marcus Reis @popgremista

Share |

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Presente pra torcida mais fanática do Brasil

Foi realmente um presente pra torcida mais fanática do Brasil. Saiu em pesquisa, saiu na imprensa, não sou eu afirmando isso. Claro que é algo meio óbvio, os gremistas reunidos fazem mais barulho, mais fuzuê que qualquer outro torcedor no país. Mas enfim, não é esse o xis da questão. O importante é o jogo contra o Timão e a grande vitória conquistada.

Grande vitória não pelo resultado, que não foi esplendoroso. Não pela atuação que tampouco foi fantástica. Não pra objetivar o título brasileiro, que já se faz distante. Mas sim pelos 3 pontos a mais na tabela, que são sempre importantes nessa disputa acirrada por vaga direta na Libertadores, e pelo fim da seca de bolas na rede do nosso atacante Hermano que muitas vezes transparece uma maior vocação pra volante.

Barcos. Hernán Barcos. Tava na hora dele mostrar seu valor, seu faro artilheiro, sua vocação ofensiva, sua grande habilidade. Ok, a última qualidade talvez seja um exagero demasiado, mas um gol do argentino depois de quase mil minutos no zero causando desespero à nação tricolor é uma luz no fim do túnel. Uma leve bênção aos corações gremistas tão preocupados que já estavam com a possibilidade de ir por água abaixo a segunda colocação tão significativa na atualidade.

Significativa, importante, essencial. Sim, ser vice do Brasileirão é bom, por incrível que pareça. Quem não quer disputar a Libertadores? Quem não quer uma vitrine de exposição de seu clube, sua marca para o continente ver? E as premiações que vêm juntas no pacote? Ainda mais quando o líder parece um desafio inalcançável, uma utopia.

A meu ver, o título é azul e do Cruzeiro. Sem mais delongas, o caminho pro Grêmio ser feliz nesse fim de ano é o segundo lugar e almejar a Copa do Brasil. Esse sim, titulo possível de ser conquistado, de ser sonhado. Semana que vem é o mesmo adversário. De novo o Corinthians. Defesa difícil de ser vencida, mas ataque nem tanto de ser combatido. Se for resultado magro de novo, um a zero, perfeito. Nada pro clube gaúcho vem fácil, tudo é na base do sofrimento mesmo, então pra que mudar essa escrita.

Sobre a partida, bom. Acho que o importante e belo de ser mencionado foi o gol. De resto, um jogo morno com duas defesas sólidas e dois ataques tímidos. Sobraram respeito e estudo tático do adversário e poucos lances de habilidade. O importante foi a vitória e a quebra na sequência de resultados não tão positivos. E salve Dida, o goleiro milagreiro. Baita defesa no finalzinho que impediu um empate injusto.

Marcus Reis @popgremista
Share |

Inter vai reinaugurar o morangão com um clube de FERROVIÁRIOS - Rachou a sopa da @DRIGREMISTA

Coluna do Carlos Josias: Diretor Jurídico do Grêmio 93/98, Conselheiro 94/2010 e Vice-Presidente 2005/07. Josias @cajosias é colunista do Grêmio 100mil  www.facebook.com/cjosias.oliveira

1. A melhor de todas. Luigi foi ironizar o Grêmio que trouxe o Hamburgo para a inauguração da ARENA dizendo que não traria um time de ´operários`...não sei como se sentiram os funcionários da ´rodoviária`.

1.1. O HAMBURGO tem tripla identidade com o Grêmio.

1.1.1. Nossas raízes estão na fundação por alemães, os mesmos que rejeitaram um grupo de comerciantes que queriam se associar no clube.
1.1.2. O distintivo do Hamburgo tinha azul, preto e branco.

1.1.3. Clube europeu da 1ª linha recordista de vitórias e invencibilidade na liga alemã foi na final contra ele que o Grêmio ganhou o seu mundial, levantando uma copa que têm as digitais de Pelé, Dorval, Mengálvio, Pelé e Pepe, Zidane, Gullit, Johan Cruijff, Zico, Júnior, Rai, Sócrates, Cerezo, Dinho ( bi pelo SP ), Maradona, e enfim, daqueles que construíram a trajetória do Futebol Mundial em todos os tempos ... lá não se encontram as digitais de Gabiru. O Hamburgo havia se credenciado à disputa ao derrotar a então temível Juventus.

1.2. Ai Luigi anuncia o Peñarol e, talvez por falta de cultura ou porque quis nos homenagear trazendo o clube que enfrentamos na nossa primeira conquista da LA, se esqueceu que esse grande clube Uruguaio é tipicamente um clube de operários que, por isso mesmo, muito orgulha os Uruguaios. Nos arredores de Montevidéu, no século retrasado, se instalou a Empresa central de Caminho de Ferro, que mais tarde se passou a ser conhecida como Pueblo de Peñarol. O Presidente então resolveu criar uma equipe de futebol a Central Uruguai Railway Cricket Club que em 1913 passou a se chamar simplesmente PEÑAROL. Um time de FERROVIÁRIOS.

1.2.1 Da fundação do I, sabidamente nascida da rejeição, o que se sabe com certeza, apenas, é que os Irmãos Bopp, paulistas, trouxeram para Porto Alegre uma ´bola` para ofertar aos rejeitados e as cores que ficariam na camisa e que seriam do estado paulista, cortado a cor ´preta` ( racismo ? ). Ficaria mais adequado convidassem a Inter de Limeira para a grande festa.

1.3. Mas foi uma grande escolha, necessário que se reconheça que a infeliz manifestação do descuidado Presidente não está à altura de um time que já teve como Presidente e Patrono o grande Ildo Meneghetti. Certamente um grande clube, o I merecia um Presidente mais respeitoso ou ...pelo menos ... mais culto ! Mas enfim, quem convive pacificamente com Notas Fiscais frias não pode dar uma declaração quente.

2. Musa arrasadora da torcida tuiteira Gremista, amiga querida e leal, de uma família encantadora, esposo de estilo e filho clone, Adriana Hrymalak Llantada é, sobretudo um ser humano admirável. Tipo rocha no mar se olha e se ama. Todos os anos protagonizava um sopão gremista de encher os olhos ... e a barriga. Este ano não teve. Rachou a sopa. Perdemos todos. As presenças de Lisa Avila, Helen Vargas e Luciana Barbosa restam intimadas para que não se divida o sopão. Fim do racha, que volte a sopa. Mesmo no verão porque é simples:

Here comes the sun
Here comes the sun
And I say
It's all right

abs
Share |

domingo, 13 de outubro de 2013

Cadê a ambição?

Fica difícil Grêmio... fica difícil Renato... Um time que começa o jogo atacando, com vontade, sólido na defesa e com várias oportunidades, faz um gol e simplesmente esquece de tentar fazer mais é complicado de sonhar vôos maiores no campeonato.

A bola pune, como muitos gostam de falar. E puniu. Ontem ela foi rigorosa com o time gaúcho e tirou uma vitória que parecia certa nos minutos finais. Foi triste, ficou aquela sensação de derrota, um gosto amargo de ressaca pós-bebedeira em boteco, enfim. Aquele sentimento de que tudo poderia ter sido melhor.

É óbvio que o bandeirinha teve um equívoco infantil, talvez pelo fato de ser dia das crianças ontem, vai saber, mas enfim não explica o gol tomado aos 45 minutos numa jogada individual do ex-colorado Sobis (que não vem jogando nada há tempos) com um jogador a mais. Tá faltando algo ao time.

E aquela sorte que tava acompanhando o time há diversos jogos (zagueiro tirando em cima da linha, bola na trave, defesas milagrosas do Dida, pênaltis não marcados), um dia ela iria findar. Todos os gremistas gostariam que ela durasse até o fim do campeonato, ninguém reclamaria, eu aposto. Porém, ela resolveu a ser justa neste momento e acompanhar outro time.

O que resta aos torcedores... Reclamar, brigar, encher as redes sociais de apelos e postagens pedindo somente uma coisa... Ambição... Por favor, um pouquinho mais de vontade de ganhar uma partida com menos sofrimento, menos desgaste, menos jogar defensivamente após sair ganhando. Acho que não é pedir demais.

Um pouco mais de coragem e valentia não fazem mal a nenhum clube. Basta ir em frente, mostrar suas armas. Um cavaleiro tem que usar a lança, a espada, não somente o escudo, até porque ele jê está portando uma armadura que já o protege bastante.

Portanto time do Grêmio... o jogo ontem era pra ter ganho de 2, 3 a 0. Se sempre que fizer um gol, o time recuar e abdicar de atacar, vai acabar sofrendo o empate. Não vai ser sempre que a vitória simples vai ser mantida. Escaparam mais 2 pontos ontem e a chance de sonhar com o título. Paciência, diriam os sábios, mas até quando o torcedor gremista vai ter paciência?
Marcus Reis @popgremista
Share |

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Com cara de Grêmio


Com a cara do Grêmio. Melhor definição pra ilustrar o que foi a partida contra o Botafogo. Vitória suada, magrinha, conquistada na raça, com um a menos, sendo o time pressionado a maior parte do tempo. Porém, jogando com uma postura mais defensiva, explorando os contra-ataques ou jogando ofensivamente, os 3 pontos são iguais, não importando a maneira que se entra em campo.

É de impressionar todo mundo a eficiência tática defensiva e a consciência coletiva dos jogadores. Eles entraram em campo sabendo exatamente o que deveriam fazer e assim o fizeram. Não fosse a expulsão de Kleber (mais uma vez), talvez nem fosse tão sofrida a vitória. Mas claro que jogar com um a menos tornaria a partida mais nervosa e os torcedores certamente entrariam em desespero com o relógio que não passava os minutos.

Então a postura do Grêmio é elogiável. Não basta jogar bonito, pra frente, pra que se diga que um time jogou bem. Uma boa marcação, com ocupação dos espaços, sem dar brecha pro adversário ter muitas chances de gol também é vistosa aos olhos. Ela orgulha, pois mostra que o time está encaixado, que os jogadores são aplicados ao esquema do treinador e que o mesmo está consciente do que está fazendo.

Alex Telles acertou um chutaço que se acredita que nunca mais irá acertar igual. Lance mágico, incrível, baita golaço. Não importa se vai ser um filho único do lateral, pois ele deu um triunfo ao time até então impensável após a expulsão do Gladiador. A torcida tricolor espera que ele chute assim em todos os jogos e que acerte o alvo novamente.

Mas o Kleber hein... que vacilo. Não pode cair na provocação dos adversários e nem nas inúmeras faltas que cometem em cima dele. Profissional experiente tem que saber controlar os nervos. Ainda mais que ele tem a fama... os juízes já o perseguem, a imprensa do centro do país também. Muita calma nessa hora. A rotina de levar cartões amarelos bobos por reclamação tem que terminar. Do contrário, pode prejudicar o time em partidas que podem ser decisivas até o fim do certame. Se almeja horizontes ainda melhores, o Grêmio precisa de seu atacante titular mais calmo e preocupado só em aterrorizar as defesas adversárias.

De resto, nada do que reclamar. Mais uma vitória na tabela e a tranqüilidade da vice-liderança com uma folguinha. Resta aos torcedores torcer... pro Grêmio e contra o Cruzeiro. Torcer, rezar, fazer mandingas, enfim. Porque esse time de Minas não perde nunca, vai ter que ser com muita intervenção divina pro título escapar deles.
Marcus Reis @popgremista

Share |

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Vitória suando sangue


Mas que vitória com cara de Grêmio hein... apertada, suada, com muita marcação, com sofrimento, com gols perdidos, com o juiz tentando acabar com nossa festa... mas foi deliciosa...

Com o ataque gremista pouco eficiente nas conclusões, coube ao volante Riveros, grande cavalo paraguaio (num sentido bom para o termo) dar a vitória ao clube e os 3 pontos tão preciosos nessas alturas do campeonato. Com o Cruzeiro fazendo gol que nem se toma cerveja no verão, (quem vai parar esse time, é claro que dos gols da partida, uns 3 contaram com a sorte ou com ajuda significativa da zaga da Lusa) é cada vez mais certa nossa pretensão no brasileirão: o segundo lugar e a vaga na Libertadores. Acho que está de bom tamanho.

A torcida quer o título. Lógico, não se comemora uma taça na Azenha, agora Humaitá desde o começo da década passada, no longínquo 2001. Mas, talvez a Copa do Brasil novamente possa ser a solução pra seca tricolor de festas na Goethe.

Bom, mas voltando ao jogo, o que se viu foi um Furacão abusando da velocidade e da marcação em cima da defesa gremista para que a mesma fizesse o que mais sabe fazer e de forma tão incompetente: o balão pro ataque e seja o que Deus quiser. Aquela típica jogada pra se livrar da bola, torcer pra que um atacante solitário resolva a parada.

E se pensar que o Barcos é o cara que normalmente recebe esses lançamentos imprecisos, fica mais difícil ainda de acreditar que eles possam resultar em lances perigosos. O capitão realmente não ta jogando. Ele pode ser importante na marcação, nas disputas de lance, mas quando a bola está em seus domínios, é de doer a falta de técnica. A meu ver, não adianta o cara ter liderança se ele é um jogador a mais pro adversário em campo. Ele está, na grande maioria, só atrapalhando as jogadas de ataque, deixando a torcida desesperada nas cadeiras da Arena e na frente da TV, rádio, internet.

Mas o importante foi a vitória suada, aguerrida, contra tudo e todos, com a cara do Grêmio. Quem sabe esse espírito coletivo da equipe, com entrega, garra, raça, compensando algumas deficiências técnicas visíveis mantenha o clube entre os primeiros e talvez almejando o sonhado penta da Copa do Brasil.

PS: Renato tem que se ligar, deixou o Vargas em campo com amarelo e só fazendo faltas. Claro que ele iria ser expulso, era uma obviedade. Substitui ele antes do mal feito, botasse o Zé ou o Elano no lugar dele, fazendo a mesma função. Era algo pensado, estratégico, melhoraria o time, teria mais qualidade nos contra-ataques. Acho que ta faltando o Koff dar aquele toque sábio ao treinador que só ele sabe fazer.

Marcus Reis @popgremista
 
Share |

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Guerreristas! Quem?

Coluna do Carlos Josias: Diretor Jurídico do Grêmio 93/98, Conselheiro 94/2010 e Vice-Presidente 2005/07. Josias @cajosias é colunista do Grêmio 100mil  www.facebook.com/cjosias.oliveira
















O episódio ISL marcou tragicamente a passagem de Guerrero pelo Grêmio. A segunda divisão marcou tragicamente Rafael Bandeira e Obino. O término da construção do Olímpico marcou brilhantemente a passagem de Dourado, um divisor de águas. A LA e o MUNDIAL marcaram luzentemente Koff e Cacalo. Os anos 80, que muita gente omite, marcaram de forma também magnífica, as passagens de Irany e Preis.

Tudo o que tinha a ser dito de Guerrero, Rafael e Obino, nos períodos citados já foi dito.

Nos pleitos até a pouco acenavam com o Obinismo para depreciar quem esteve na sua gestão - e todo o consultivo teve participação nela. O Bandeirismo morreu cedo porque ele não tinha grupo. Como essas tragédias pararam de render restou o Guerrerismo.

O lamentável é que estendem a quem participou da gestão Guerrero uma pecha depreciativa que surge de 3 em 3 anos quando há eleições no clube. Muitos se esquecem, contudo, que ao jogarem respingos nos demais que lá estiveram viram às costas, ou atingem, a muito dos seus, ou daqueles que foram muito próximos numa ou noutra ocasião. No Grêmio, como é assim em qualquer outro nicho político, em regra, todos andam com todos ou ao menos muito próximos, mas basta vir uma eleição que todos, ou quase todos, acusam a todos ou a quase todos dos erros que eventualmente cometeram no passado. E andar com quem andou mal, ou estar perto de quem mal andou, serve de palanque. Convive-se com alguma tolerância, uns com os outros, até que a disputa dos votos se ergue em bandeiras esfarrapadas por antigos traumas como se a lembrança deles fosse PROPOSTA de um Grêmio melhor. A tal pacificação vige da boca para fora, poucos querem, efetivamente a paz, quando o alvo é vencer pleitos. O fato é que esta pecha atirada num grupo com objetivo nefasto de comprometer para o mal, de GUERRERISTAS, já está surrada e cansativa, e o último confronto provou isso. A torcida está cansada deste ranço inócuo e que ao invés de ajudar o clube, apenas atrasa. Estamos há 12 anos sem ganhar nada, e por coincidência o último feito importante, em 2001, traz a marca de muita gente que estava na gestão da pecha. Ah, é bom lembrar-se disso também, em que pese ninguém refira. Não nego que este pecado tem sido insistentemente cometido por todos ou quase todos e eu mesmo já cometi, lá atrás, esta ´confusão` de misturar alhos com bugalhos. Mas penso que cheguei há muito tempo - há no mínimo 7 anos - a uma maturidade que reclama o fim disso. O torcedor já decretou este final, gostem ou não.

Quando digo que basta olhar o passado para se identificar claramente que todos ou quase todos já andaram de mãos dadas com todos ou quase todos, digo por que conheço a história do clube. Muitos desconhecem e continuam insistindo no mesmo erro crasso e injusto.

Alguns fatos são claros. E apenas vou me deter a elencar eles, não vou ingressar no mérito se as condutas foram acertadas ou equivocadas, apenas vou enumerá-los porque são fatos, não foram inventados, aconteceram realmente e penso que quem agiu assim ou assado teve os seus motivos de se conduzir como se conduziram. Mas o inegável é que quando se atira a pecha num grupo de serem GUERRERISTAS com a intenção evidente de depreciar e confundir, estão, repito, alcançando, com esta propositabilidade, muita gente que lhe é próxima. Ou só é isso quando convém e quando não convém não ? Coerência é algo difícil de encontrar em política, mas a soma dos fatos aqui importa sim em surreal contradição, paradoxos dos mais notáveis.

Vejamos.

O Grande responsável pela eleição Guerrero em 2000 foi F Koff. A eleição estava em 3 x 1 pró Preis no pátio x Guerrero quando às 18 horas Koff de dentro da sala do CD abraçou o microfone e o candidato Guerrero sustentando sua eleição por três horas. Virou o jogo e Guerrero entrou. Quando Guerrero foi eleito em 2000, com campanha de Koff, Hélio Dourado, um INTOCÁVEL, com toda a legitimidade de assim ser chamado, fazia parte da chapa e fez campanha junto com Guerrero. Foi Vice nela.

Por duas vezes F Koff capitaneou o arquivamento do processo Guerrero no CD, a 1ª antes da condenação, sustentando que teria que primeiro haver decisão penal, e a 2ª depois dessa. Em ambas foi acompanhado no discurso inflamado de P Odone e juntos obtiveram êxito, com o voto no mesmo sentido de Eduardo K Antonini.

Em 2003 Odone e Guerrero com o grupo de Belini estavam juntos na eleição do CD e perderam para Cacalo e Koff que lideravam o grupo adversário. O Grupo vencedor não encontrou um candidato próprio que concorresse e houve um racha interno quando Koff entendeu de apoiar Preis. Ali, na divisão, Renato Moreira comandou em liderança uma virada de posição e passou a apoiar com o Grupo a candidatura de Paulo Odone - que estava com Guerrero - que, ao depois, venceu para Presidente, na ocasião em que eu VIREI VICE. Todos já estiveram do lado de um e de outros e também já estiveram em lados opostos. Belini e o seu MGI são tão Guerreristas quanto Koff quanto Odone e/ou quanto Dourado. Esta é que é a verdade.

Obino, para quem não sabe, foi o grande mentor de Guerrero, em troca de ser Presidente no Centenário, como de fato o foi sob os aplausos do C Consultivo, onde estavam todos os Ex Presidentes, incluindo alguns que hoje não estão mais no nosso meio.

Talvez só Cacalo e o Duda nunca estiveram lado a lado com Guerrero, mas muitas vezes com quem foi próximo dele. Eu também não estive, diretamente com ele, mas estive próximo de muitos que foram próximos a ele, assim como de Obino e Rafael e por aí vai. Cacalo trouxe Preis em 98, com Saul, porque precisou dele para salvar o clube da queda, Preis que havia estado com Guerrero, eu estava lá. Krieger esteve com Obino, com Guerrero e com Odone e ao que sei nunca deixou de se dar muito bem com Koff. Cacalo também esteve com Odone no passado. Aliás, Cacalo fez a candidatura de Odone para o CD quando este enfrentou e perdeu para Fachin. Eu fui Vice de Odone.

Cacalo entrou no clube por Obino que foi o Mentor do Guerrero e depois andaram separados, até a união no Centenário. O mesmo Obino que é intimo de Rafael Bandeira dos Santos que foi aclamado no CD porque Odone assim o quis e ao cair em desgraça face à 2ª divisão foi literalmente corrido do Grêmio tanto quanto Guerrero também o foi pós-condenação judicial.

Koff e Cacalo já estiveram juntos e já foram adversários. Em 83, Grêmio Campeão do Mundo, Cacalo não estava gerindo o clube, eis que em desavença com Koff.

Enfim senhores, com raríssimas exceções, e repetindo, todos já estiveram ou juntos ou com quem foi ou havia sido muito próximo de outros.

Aí, abro os jornais e vejo, seguido, insinuações. Algumas sutis outras nem tanto, que se recheiam de pechas e acusações.

Pois é, persiste este ranço no clube que atrapalha a vida do Grêmio, prejudica e tumultua a quem quer trabalhar com dedicação, zelo e que tem talento. Passaram-se mais de 10 anos e este ranço retorna a cada pleito.

A torcida deu um basta nisso na última eleição, gostem ou não PAREM COM O RANÇO ou nunca vamos ganhar nada. Ou o Grêmio pensa ele como um todo e todos pensam Grêmio, ou o jejum continua.

Não existem Guerreristas, Koffistas, Cacalistas, Obinistas, Odonistas, Belinistas, e outros istas. O que existe e deve existir são GREMISTAS.

A chapa 2, ilustrativamente, está recheada de integrantes que compuseram a gestão do amaldiçoado Presidente. Gustavo Schmidt, que foi o 1º presidente do Movimento Grêmio Vencedor foi diretor consular e frequentou a tão popular Casa Rosada em época de campanha. Airton Ruschel, meu querido e fraterno amigo, participou da equipe financeira. Em 2005 quando cheguei Vice por sua competência sugeri sua ida para ser o homem do financeiro junto a Tulio Macedo o que aconteceu e lá teve ótimo desempenho - que era esperado - na implantação do Condomínio de Credores. Se formos fazer um amplo levantamento talvez se encontre mais integrantes da gestão Guerrero na chapa 2 do que na chapa 7 o que demonstra a infantilidade e ou a maldade deste tipo sórdido de manifestação.

Denis Abrão foi diretamente ligado a Guerrero, a propósito foi diretor remunerado quando AVM foi Vice, hoje se mantém no CD pela CHAPA 2, de se responsabilizá-lo pelos atos de Guerrero ? Ora, por favor. Que ´ista` se poderia atribuir a ele ?

Só citei o 1º escalão ? Para ilustrar ainda mais. Juliano Ferrer já foi presidente do G Imortal. Entrou no Grêmio por um conselheiro que não fazia parte do chamado 1º time. Sabem onde começou e o que começou a fazer ? Foi porteiro, isto senhores, porteiro ali na social, ajudava graciosamente a controlar a entrada de sócios nas catracas. Adiante foi para a administração e findou no Jurídico. Tudo isso na Gestão Guerrero. Veio Obino ele continuou. Em 2005 ficou diretor Jurídico na Gestão Odone. Seria ele algum ´ista`? Rui Costa, o grande nome do futebol, teve início no período Guerrero, foi diretor Jurídico levado por mim na Gestão Odone e hoje está lá por indicação de grupo da situação. A que ´ista` ele se vincula ? Alberto Guerra também foi levado por mim para ser diretor Jurídico na Gestão Odone e já tinha sido nos anos 90 na década Koff e Cacalo, estava fora do CD e retorna via CHAPA 2, seria ele algum ´ista` ? Moreira, da segurança, atravessou todas estas gestões, o que seria ele ?

Ou se muda isso ou vamos continuar sem mudar ! Perdendo. O protagonista do clube é a paixão, não os nomes. Ou se entende isto ou não entendo mais nada. O Grêmio me lembra o velho Inter que passou anos e anos brigando internamente com todos acusando a todos por terem feito parte desta ou daquela gestão e não ganharam nada em 30 anos. Se uniram e ganharam tudo. Da união veio à desavença e estão aí do jeito que estão. Ou não.

Diante de todo este ´andar` eu me pergunto: Guerreristas ... quem ?

abs

Foto: ducker.com.br


Share |