quinta-feira, 7 de março de 2013

Noite de rock and roll no Zéquinha e na Arena




1. NO ZÉQUINHA - Goodbye Sir Yellow Brick Road

Quando comprei os ingressos para ver com minha cara metade o Show da Tia Elton John jamais imaginei que, numa 3a feira, pudesse haver jogo pela LA. E lá se vão meses que adquiri. Mas houve. Sem escolha - e até porque parece que show do Grêmio vamos ter seguido e do Rocket Man talvez nunca mais por aqui - me fui ao Zéquinha. De radinho de pilha e fone poderoso de ouvido. A borracharia do Chico colorado Noveletto serve para shows perfeitamente.

Com pontualidade quase britânica Sir Elton John subiu ao palco a rigor e de óculos azuis - vestia azul, preto e branco. Como um Lorde não faria se curvou diante dos súditos e, simplesmente tocou e cantou e iluminou. Voz impecável, teclados irreparáveis, banda competente, com um guitarrista excepcional, e a tradição de back vocals de sempre. Foram duas horas e meia de encantamento puro. A plateia brincava, dançava, sorria. Alguns choraram, outros em devaneio balançavam solitários ...afora, claro, os bons loucos de costume, que não incomodam. Foi divertimento, descontração, e emoção. Éramos todos velhos conhecidos. Faltou Nikita, faltou Lucy in the sky ... mas ninguém consegue cantar todo o seu repertório em menos de três dias ... nem ele. A elegância desfilava num púlpito do rock pop. Incrível como ele mistura o espalhafato do vestuário da estrela, com a discrição do artista. Sir Elton é sobretudo um valente. Numa época em que ser homossexual era proibido e se acendiam fogueiras para esta minoria, com uma Igreja homofóbica e censora no seu apogeu, ele assumiu sua condição e se impôs a um mundo hétero preconceituoso e nojentamente discriminatório. Um vencedor. Foi um privilégio estar entre 15 mil pessoas numa noite inesquecível para .... reverenciá-lo ... e receber a sua reverência. Éramos 15 mil, mas parecia que só havia nós .....eu, a minha cara metade e dois casais de amigos. Vá bem Sir Yellow Brick Road.

2. NA ARENA - ROCK AND ROLL PURO COM MAESTRO CLÁSSICO E NEGRO !

Levei o radinho de pilha e colei o fone no ouvido, escandalosamente grande, mas o suficiente para abafar o barulho do espetáculo se fosse preciso. Programei ligar a partir do inicio de 20 em 20 minutos e sempre no intervalo entre uma e outra música .... paguei para ver e ouvir a Tia cantar, não falar ... Mas ela estava econômica no que importava menos, falar, eram beijos e e thanks, e produtiva no que se esperava - cantar. Impressionante, e com os testemunhos de @bellana e @fabioirigoite, liguei 4 vezes e 3 delas exatamente na hora do gol. Todos nossos.
Em casa, relaxado, curti o que pude do jogo, fui à internet, devorei o jogo não visto. Não preciso falar mais do que já foi dito. O Grêmio não jogou tanto quanto contra o Flu mas como eu imaginava muito mais, mas muito mais mesmo, do que contra os Patos. E rolou puro Rock and Roll na ARENA também. Barcos era puro Led Zepellin, Vargas de Jimmy e ele de Plant. Posso escalar um roqueiro em cada posição mas tem uma, ah tem uma, que o cara é mais que um guitar man ..... O maestro Zé Roberto foi um autêntico Isaac Karabitchewski.

E estamos conversados !

                                             @cajosias Face C JOSIAS MENNA OLIVEIRA


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