quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O Grenal da rinha num dia de fúria - de tempos em tempos - o curioso caso do PITBULL


1. NO TEMPO DO PURO AMADORISMO. Houve um tempo em que dirigentes daqui, e de lá, às vésperas do maior clássico do Estado, lançavam provocações ao adversário, em especial a seus pares rivais e atletas, entendendo que isto poderia promover o espetáculo e auxiliava a vender ingresso. Não se atribua a isto à irresponsabilidade ou à inconsequência. Era o tempo do puro amadorismo. As torcidas iam juntas para os Estádios, quase dividiam o campo, dependendo em que local era, e as implicâncias acabam nas chuteiras dos jogadores, mais ou menos cordiais e elegantes no campo de jogo ao saírem dos ´prédios` os torcedores vociferavam, quando muito, alguns palavrões entre abraços e risos amarelos e cusparadas.

2. NO TEMPO DA MUDANÇA. Mas o mundo foi rodando, nas patas do meu cavalo, cantou o poeta convertido à direita mais adiante. Com o avançar do tempo e com a crescente onda de violência que veio com a modernidade, houve um patrulhamento a dirigentes que assim agiam passaram a ser vigiados e criticados e acusados e apontados ... enfim.... Ficou politicamente incorreto este agir do passado e nas calmarias do nosso Oceano Atlântico ... baixaram a bola. A mídia passou a exercer importante e feroz papel nesta patrulha. Estava condenada à cadeira elétrica ou ao enforcamento provocações do tipo.

3. NO TEMPO DA BRILHANTINA E DOS INCÊNDIOS. Quando os dirigentes passaram a silenciar, contudo .... Quando eles se tocaram de que era amador, entretanto.... Quando eles trocaram os perdigotos por cabelos emplumados, contraditoriamente, já que eles, dirigentes, truncaram suas próprias iniciativas, as provocações passaram a se dar no conhecido leva e trás do ´setor` .... A fim de esquentar o clássico e vender papel, audição e visual, perguntas capciosas eram feitas para lá e para cá, e levadas de um lado para o outro com contornos ou tons mais apimentados do que eram ouvidas as respostas ..... alguns pegaram fogo..... e os incêndios atingiram até banheiros químicos ... melhor esquecer isto não ?

4. EM TEMPOS DE VIOLÊNCIA. Esquentou a sociedade, ferveu o kisuco, a chapa assou o filé, e se tornou um inferno os grandes clássicos. Torcidas escoltadas se deslocando de Estádio para Estádio, carros apedrejados no caminho, metrô depredado na saída. Até expressões que antigamente eram usadas como mera simbologia - treino é treino, guerra é guerra - passaram a ser objeto de mira e condenação. Muito jornalista de primeira meteu o pau na faixa da torcida = jogo é guerra. Veio a BM, veio o MP, veio o Judiciário, termos de acordo foram lavrados, braços da Justiça se instalaram nos Estádios, tudo em nome da Paz. Vamos conter ... apaziguou. Difícil voltar à calmaria das décadas de pura adversidade e não de inimizade, mas havia certo ar de conciliação rondando a áurea maléfica dos exaltados.

5. EM TEMPOS DE RINHA. O GRENAL DA RINHA E O DIA DE FÚRIA. O futebol é dinâmico, disse o dirigente. Gangorra, disse o outro...grenalizou...dizem todos. O fato é que Grêmio e Inter já se enfrentaram diversas vezes com um dos dois estando no fundo do poço e o outro no nirvana. Hoje o Inter está sem Estádio, sem Treinador, sem Preparador, sem time e sem torcida e 19 pontos atrás do Grêmio que é o único que tem a perder neste clássico por vários motivos, mas o principal é a vaga: se o Brasileiro terminasse agora a vaga já estaria no papo, o jogo começa com o Grêmio classificado .... nada é melhor do que isto e este alcance, o que pode acontecer do resto não será melhor do que isto, logo só pode piorar porque o que está bom não fica melhor para este objetivo....ganhando por 10 vem à vaga e ai tanto faz, perdendo por 10 a vaga depende dos Mineiros..... O Grêmio não precisa de mais motivação para o clássico, as demais pulsações ficam por conta do próprio clássico como ser o último do Olímpico, um campeonato à parte, Grenal é Grenal e vice versa como disse o Jardel.....mas nada hoje supera a vaga. O inter não tem mais nada a fazer, nenhuma motivação lhe cercaria para o jogo....mas ai .... Certa vez, experiência pessoal, me caiu às mãos, como profissional, um curioso caso - que repassei por não ser a minha área - de denúncia alusiva a uma RINHA DE PITBULL. A denúncia dizia com os maus tratos a um cachorro. Era um Pitbul. O pobre bicho era treinado para rinha. Enfiavam o coitado num buraco onde passava longo tempo sem comida e sendo provocado longe do alcance do provocador. No dia da luta ele era retirado dali e enfiado na frente do adversário na ARENA canina. O animal estava em dia de fúria. Literalmente ensandecido e ai tudo podia acontecer.
Dale escolhido e fardado para ser M Douglas num Dia de Fúria.

Deu para entender ?

Sem perspectivas para um dos contendores a semana do clássico relembra os tempos do puro amadorismo. Só que, senhores, não está partindo dos dirigentes isso.

Que haja paz !

@cajosias face C JOSIAS MENNA OLIVEIRA


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