segunda-feira, 15 de outubro de 2012

SABER O QUE DESTROI P/NÃO REPETIR E CONSTRUIR PONTES

Caríssimos amigos tricolores do mundo inteiro (com ou sem lado na eleição do próximo domingo),

A quantidade, o teor e a intensidade de falácias e de infâmias que surgem em meio a este processo eleitoral no nosso amado Grêmio tem superado as piores expectativas possíveis e imagináveis. :(

Um grande amigo psiquiatra já me ensinou que esse é um tipo de episódio que envolve pelo menos três grandes esferas interdependentes e consequentes umas das outras:

– Há uma extrema busca pelo poder de parte a parte: todos julgam-se competentes e os seus são sempre melhores do que os outros. Infelizmente, isso gera uma incapacidade generalizada de compartilhar conhecimento, trabalho e poder;

– Isso resulta em uma crença muito forte sobre um modelo de verdade que embaça a visão de todas as nuances existentes entre pontos diametralmente opostos na defesa de coisas ou de pessoas;

–  E, finalmente, as duas esferas anteriores atravessam-se tão fortemente que resultam em uma terceira: aquela que, em nome do poder, dos amigos e da verdade particular de cada grupo, traz algumas das piores características humanas: deslealdade, intriga, mentira, dissimulação, hipocrisia, boatos, falsas acusações e histórias contadas pela metade e/ou com distorções bastante significativas.

Isso posto, é impossível crer tanto no extremo da maldade mais vil como na bondade mais cristalina possível: afinal de contas, são muitos atores que encerram em si infinitas intensidades de categorização, filtragem e graduação de crenças e de juízos acerca de fatos e de pessoas.

Com ou sem maldade, muitos ouvem e interpretam uma fala sem tomar contato com a sua integralidade e sem realizarem a devida apuração dos fatos. Isso pode gerar um mal entendido de graves proporções caso não seja acareado a tempo pelas partes interessadas.

Um outro tipo de incidente negativo costuma ocorrer quando segue-se a lógica de Goebbels, o ministro da propaganda da Alemanha nazista: "Uma mentira contada mil vezes torna-se verdade." Pois mesmo que jamais se ouça ou leia-se qualquer manifestação nesse sentido quer seja dos candidatos ao Conselho de Administração; quer seja das equipes de trabalho diretamente relacionadas aos movimentos políticos de apoio a cada candidatura ou, ainda, sem nenhum posicionamento oficial a partir de qualquer ente profissional contratado para a realização de cada campanha, ainda assim há pessoas que orbitam os diversos escalões hierárquicos e fazem da sua crença equivocada uma profissão.

Quando não se conhece suficientemente a história da instituição e quando não se obtém contato direto com os principais atores que conhecem os bastidores dessa história, torna-se perigoso, tentador e deveras irresponsável atribuir vários males inexistentes do presente e de um passado recente tanto a indivíduos recentes no processo para os quais não haveria o menor sentido em proceder dessa forma como também a quem doou décadas preciosas de suas vidas contribuindo muito para o clube e obtendo títulos e vitórias memoráveis em meio a erros dos quais se arrependem e procuram corrigi-los da melhor maneira possível.

Ora, se sócios, conselheiros, apoiadores, amigos e contratados de quaisquer chapas creem em fatos a elas explicados de maneira obscura e propagam situações que desmerecem, constrangem e ofendem pessoas de maneira gratuita, evidentemente, entra em pauta um princípio básico da Física que, misturado à subjetividade das relações conturbadas pelos fatores acima discutidos, é assim demonstrado da pior maneira possível: "Toda ação resulta em uma reação de mesma intensidade em sentido contrário."

Não-raro, essa máxima resulta em outra ainda mais intensa: "quando dois corpos que partem com a mesma velocidade a partir de pontos opostos pela mesma distância colidem em um ponto central, o choque entre eles se dará com a soma de suas velocidades."

Finalizo com dois clichês fundamentais para podermos estabelecer todas as relações possíveis e necessárias:

"Violência NÃO PRECISA gerar violência."

"Não faz para os outros o que não queres que façam para ti."

Assim, podemos todos pensar e fazer um Grêmio melhor para todos. De peito aberto, cabeça erguida, com muita humildade e bastante pró-atividade.

Abraços fraternos, muito especiais e sinceros sobretudo ao @snel e ao @jefersonthomas , de quem peço emprestada a seguinte frase:

"Não precisamos comer do mesmo prato, mas todos podemos sentar à mesma mesa."

Força e dá-lhe, Grêmio! \o/

@heliopaz

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