sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Sobre o presente momento do Grêmio

Faz tempo que não escrevo, mais especificamente desde a época em que as férias de Julho ainda eram pedidos constantes no Twitter. Mas, depois dos últimos acontecimentos achei que seria justo fazer novamente um resumo do que acho de tantos "zigue-zagues" da atual diretoria tricolor, bem como do time que hoje – infelizmente – nos representa em campo.
Diretoria
Desde que Paulo Odone (ou seria Odono?) assumiu, todas aquelas esperanças que haviam sido renovadas com sua chegada ao "poder" do Monumental sucumbiram aos primeiros meses de comando. Estranhamente a segurança da torcida foi sendo trocada por uma surreal revolta contra a direção outrora aclamada e eleita por ela. Mas essa reação foi justificada: trocas constantes de técnicos, falta de uma linha clara de trabalho, contratações pífias, manutenção de outros pífios em campo, e lá nas cadeiras do alto calão do comando do clube. Atitudes lamentáveis, difíceis de passarem sem respingar mó desempenho em campo. Dito e feito. Seria claro que a participação do Grêmio nos campeonatos que disputasse seria somente de figurante. Isso mesmo, FIGURANTE. Mas nós, torcida, acreditamos novamente na tão lembrada imortalidade, nas palavras d' Odone. Mesmo que as atitudes nos mostrassem o contrário, preferimos acreditar. E assim esta nascendo mais uma decepção, mais um ano em que, com perdão da expressão, não fizemos porta nenhuma.
Atletas
Os atletas por sua vez, sentiram as mudanças nos bastidores e consequentemente não conseguiram demonstrar em campo a suas qualidades. Lesões, perda do mestre Jonas, e falha da direção no caso Ronaldinho, fizeram o Grêmio pagar micos em escalas nacional, e levando a falhas em campo. O time demorou pra encaixar, não tinha bons atacantes, e ainda não os tem, o único em minha opinião que pode vir a ser, Miralles, ainda não encaixou uma bela sequência. Ora fazendo belas apresentações e ora se mostrando um time digno do rebaixamento o Grêmio hoje ocupa a vaga que merece no campeonato. Nem de título, nem de rebaixamento. Muito também culpa, novamente em minha opinião, do Roth, que já teve seu prazo de validade estourado e de alguns atletas que não tem, e nunca tiveram capacidade técnica para defender o manto sagrado Gremista. Sem cotar os que já foram emprestados, William Magrão, Rodolfo, Rafael Marques, Bruno Collaço, Brandão e Gabriel poderiam buscar um destino bem longe do Olímpico Monumental. A teimosia de Celso Roth também poderia, aliás, ele poderia ir embora assim como chegou, num piscar de olhos.
Como futuro historiador, se seguíssemos a lógica de que somente a história do vencedor é a que fica, não teríamos história do Grêmio Football Porto-Alegrense nesses últimos dez anos. Ainda bem que na história passamos a estudar também a história dos vencidos, e assim é que podemos dizer que o Grêmio, nessa última década, se encaixa na história dos vencidos. Mas, na história dos vencidos também há belas reviravoltas, e espero que a história do Grêmio passe logo de vencido para de vencedor, como há de ser.
@rafamarrone - Rafael Marrone
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